Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ribeirão

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Leilão da Nilza deve gerar R$ 117 milhões

Valor da venda de máquinas e equipamentos será usado para quitar dívidas com ex-trabalhadores e fornecedores

Como a dívida total é de R$ 500 mi, credores ainda podem recorrer à Justiça para cobrar sócios da empresa

ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

A Justiça marcou para o próximo dia 7 de novembro o leilão dos bens das três unidades da indústria de alimentos Nilza, de Ribeirão Preto, avaliados em R$ 117 milhões.

Em recuperação judicial desde 2009, a empresa acumula dívidas trabalhistas e com fornecedores avaliadas em R$ 500 milhões.

Segundo o administrador judicial Alexandre Borges Leite, o valor obtido no leilão será usado, prioritariamente, para pagar ex-trabalhadores (R$ 13,8 milhões) e fornecedores (R$ 232 milhões).

A empresa realizará um segundo leilão, avaliado em R$ 3,5 milhões, para vender dois terrenos e sua frota de veículos. Ainda assim, parte dos credores e fornecedores não deve receber os valores devidos pela Nilza.

Eles podem entrar com pedido judicial para a extensão da responsabilidade da dívida aos sócios da Nilza e, assim, tentar receber os valores.

A empresa, que já foi uma das líderes de mercado, chegou a processar 1,5 milhão de litros de leite por dia, mas desde outubro de 2012 está com as máquinas paradas.

A Nilza chegou a responder por 15% do leite consumido no Estado de São Paulo.

Além da fábrica de Ribeirão, a empresa tem unidades em Itamonte e Campo Belo, ambas no Estado de Minas Gerais. Apenas Campo Belo continua operando, porque está arrendada.

Segundo Leite, a expectativa é que, com o fim do processo de falência e a venda dos bens, seja possível vender a marca para investidores. "Depois da falência, a empresa não terá mais dívidas. O investidor terá o benefício de uma marca, que ainda é uma das mais conhecidas em seu setor."

Antes da falência ser decretada, a empresa implementou um plano de recuperação que, segundo o STJ (Superior Tribunal de Justiça), não foi honrado e gerou a quebra.

Ainda de acordo com o administrador, o mercado consumidor de Ribeirão é um atrativo, pois é grande e está sem uma marca regional desde o fechamento da Nilza.

Além disso, a região tem boas rodovias, que interligam a fábrica aos produtores de leite, em Minas Gerais, e o mercado consumidor, em Campinas e São Paulo.

"A Nilza quebrou em 2009, após a crise internacional, que afetou muito o setor, mas também porque era comandada por um empresário sem experiência", disse Leite.

Os interessados na compra dos bens leiloados podem adquiri-los em um único lote ou fragmentados. No entanto, será dada preferência para quem adquirir o lote inteiro.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página