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Franca registra nível recorde de emprego

Setor calçadista emprega perto de 30 mil trabalhadores durante três meses seguidos, melhor marca desde 1999

Setor voltado para as exportações -em queda- atinge marca graças às vendas para o mercado interno

DE RIBEIRÃO PRETO

Com as exportações em baixa, mas com o mercado interno aquecido, as indústrias do setor calçadista de Franca registraram recorde histórico no número de trabalhadores empregados em julho, agosto e setembro deste ano.

Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego, as empresas ligadas à fabricação de calçados foram responsáveis por cerca de 29 mil postos de trabalho nesses três meses, marca jamais alcançada desde 1999.

De acordo com dados do Sindifranca (Sindicato da Indústria de Calçados de Franca), o setor calçadista fechou setembro com 29.643 empregos -agosto encerrou com 29.454 postos de trabalho, e julho, com 29.279.

Nunca, em 13 anos, a indústria empregou por três meses seguidos mais de 29 mil trabalhadores.

Segundo o presidente do sindicato, José Carlos Brigagão do Couto, o bom nível de emprego deve-se, principalmente, às vendas internas.

"As empresas estão vendendo mais para os brasileiros. As exportações caíram muito, em razão da crise econômica mundial. Além disso, a concorrência de produtos asiáticos nos Estados Unidos e na Europa tem prejudicado a comercialização para o exterior", disse o presidente do sindicato.

Segundo Brigagão, as exportações sofreram uma queda de 15% neste ano.

Foram 2,3 milhões de pares exportados de janeiro a setembro de 2011, ante 1,96 milhão durante os nove primeiros meses deste ano.

As indústrias de Franca também alcançaram recorde na produção, com 38,2 milhões de pares fabricados de janeiro a setembro deste ano, ante 37,2 milhões no mesmo período do ano passado.

O presidente do Sindifranca credita os bons números a investimentos feitos pelas indústrias de Franca.

"As empresas melhoram o design dos produtos, adquirem maquinários novos, estudam tendências, otimizam custos e produzem mais. Isso explica o bom momento do setor", afirma.

INVESTIMENTOS

Diretor da Anatomic Gel, José Rosa Jacomete diz que a empresa está funcionando no máximo da produção. Só neste ano a indústria empregou mais 70 funcionários. Há três anos, 40% da produção era voltada ao mercado interno. Hoje, esse índice é de 60%.

Ele atribui a variedade de calçados disponibilizada pela empresa ao aumento das vendas no Brasil.

"Quanto mais opções você der para o lojista, melhor. Todo ano lançamos novas linhas, o que aumenta a compra na indústria. Quando a empresa tem coisas novas para mostrar, ela vende mais. É consequência", afirma.

Mas faz uma ressalva: "Não são todas as fábricas que estão no máximo da sua produção. Há muita gente [indústria] sem pedido. Os números podem ser bons, mas há o que melhorar".

Antonio Castro, diretor da Jota Pe, fala que 2012 está sendo um ano muito produtivo.

"Fizemos algumas mudanças, alterações e novas contratações que favorecem a fábrica", comenta, dizendo ainda que a empresa investiu em equipamentos de ponta.

"Tivemos um crescimento na produção [em torno de 10% neste ano em relação a 2011]. Buscamos inspiração, fizemos pesquisas, viagens internacionais. Temos uma equipe muito profissional e competente à frente da modelagem e design", diz, justificando os números positivos da Jota Pe em 2012.


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