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Diretor vê rigor nas punições por drogas

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Para o diretor da DRN (Divisão Regional Norte) da Fundação Casa, Guilherme Astolfi Nico, adolescentes envolvidos somente com o tráfico não deveriam ser encaminhados diretamente às unidades de internação.

"Seria melhor não internar o jovem, pois aqui [nas unidades da Fundação Casa], infelizmente, eles começam a se ligar com pares negativos. A fundação tem que existir, mas só deve vir para a internação quem está em frangalhos."

O docente do departamento de sociologia da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) Gabriel Feltran, concorda com a posição do diretor.

"O tráfico é um mercado transnacional que precisa de muitos trabalhadores para operá-lo no varejo. Botar esses meninos na internação só aumenta o exército de traficantes", diz ele, também pesquisador do CEM (Centro de Estudos da Metrópole).

Segundo Feltran, os adolescentes detidos podem, em vez de reeducados, ser influenciados ainda mais para o crime. "Ao deixar de trabalhar nas 'biqueiras', eles são substituídos por outros, que serão presos em seguida, perpetuando esse ciclo", afirma.

Já Nico diz que a falta de oportunidade é um dos motivos que levam os adolescentes a entrarem no crime. "Estamos perdendo para o tráfico, porque o tráfico tem sido a oportunidade mais fácil", afirma.


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