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Ribeirão

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Greve dos vigilantes faz bancos fecharem e atrapalha os clientes

Movimento dos trabalhadores, que pedem adicional previsto em lei, promete continuar hoje

Ao menos 16 agências bancárias fecharam: Folha foi a seis delas e telefonou para outras dez que não funcionaram

LEANDRO MARTINS EDSON SILVA DE RIBEIRÃO PRETO

A paralisação de vigilantes ocorrida ontem em Ribeirão Preto causou o fechamento de bancos. O protesto dificultou a vida de clientes num dia em que o movimento nas agências é tradicionalmente maior, em razão da volta do feriado de Carnaval.

Os transtornos aos clientes podem continuar hoje, pois os vigilantes decidiram em assembleia, na tarde de ontem, manter a paralisação.

Ao longo da tarde de ontem, a Folha esteve em seis agências fechadas no centro e na Presidente Vargas.

Por telefone, encontrou outros dez bancos sem funcionamento nos principais corredores comerciais da cidade, como as avenidas Nove de Julho, Dom Pedro e Saudade.

A situação não atingiu alguns bancos de regiões periféricas. Cinco deles funcionavam à tarde, quando a reportagem fez os telefonemas.

Os vigilantes reivindicam o pagamento de adicional de periculosidade de 30%, de acordo com lei sancionada no dia 10 de dezembro pela presidente Dilma Rousseff (PT).

Procurado, o Sesvesp (sindicato das empresas de segurança) informou que não está se negando a pagar o adicional, mas que aguarda a regulamentação da lei federal.

Já a Febraban (federação dos bancos) chamou de "pontuais" os reflexos causados pelas manifestações no funcionamento das agências.

Os vigilantes não têm vínculos diretos com as instituições bancárias -são contratados por empresas de segurança terceirizadas que prestam serviços aos bancos.

No entanto, a paralisação desses profissionais causou reflexos diretos na rotina das agências porque, por lei federal, nenhuma instituição financeira pode funcionar sem a presença dos vigilantes.

O protesto começou por volta das 12h, horário em que os bancos abririam as portas nesta Quarta-feira de Cinzas, após o fechamento das agências na segunda e na terça.

No Banco do Brasil, da Presidente Vargas com a João Fiúsa, vigilantes em greve se aglomeraram na área de autoatendimento da agência, pressionando para que os seguranças que ainda trabalhavam no interior do banco aderissem ao protesto.

Com a adesão dos vigias, o banco foi fechado, deixando para fora uma fila de clientes. Isso se repetiu em outras agências de diferentes instituições ao longo da tarde.

"A população não tem nada a ver com isso, mas é quem sempre sofre", disse o militar aposentado Arialdo Barretto, 61, que precisava do atendimento interno do banco.

REFLEXOS

Com agências fechadas, os clientes enfrentaram longas filas em lotéricas de Ribeirão.

"Já passei por três bancos e não consegui pagar um boleto. Me mandaram pagar pela internet, mas não tenho esse acesso. Nem todo mundo tem", disse o mecânico Luís Henrique Dias, 48, que aguardava na fila de uma lotérica.

A Febraban orienta ainda a usar outros meios para operações bancárias, como caixas eletrônicos e telefone.


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