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PMs reclamam de demora em plantão unificado
Eles dizem que policiais e carros dentro da delegacia deixam a população desprotegida
Policiais Militares reclamam de espera de até oito horas para registrar ocorrências na nova Central de Flagrante em Ribeirão Preto. Polêmica também existe entre a população e a Polícia Civil.
A Folha presenciou a reclamação feita por policiais militares que atenderam a uma ocorrência na cidade na manhã de ontem.
Eles dizem que carros da polícia e policiais ficam "presos" na delegacia, enquanto poderiam estar nas ruas servindo à população.
"Nesta madrugada [ontem], três carros estavam parados no estacionamento do plantão e cerca de dez policiais esperavam atendimento", disse um dos PMs que não quis se identificar.
Ele acrescentou que a falta de ronda gera insegurança nos moradores.
O delegado Paulo Sérgio de Oliveira, um dos plantonistas da central, confirmou a demora, mas porque a madrugada foi agitada, com mais casos registrados que o normal.
"Casos como esses são pontuais. Não é sempre que há demora", diz Oliveira.
Ele disse que a população precisa de mais tempo para se "acostumar com o sistema que ainda é novo".
Para a delegada Monica Cristina Marsico Lombardi, existe dificuldade para distribuir escrivães e investigadores entre o flagrante e o atendimento ao público.
"Tem dia que é muita gente e vira uma confusão. São três investigadores e três escrivães em dois turnos -das 7 às 19h e das 19h às 7h.
Ontem, o montador Carlos Henrique Ribeiro Itso, 22, de Blumenau (SC), e três colegas de trabalho foram furtados em passagem por Ribeirão. Eles chegaram à Central de Flagrante às 13h e só foram atendidos às 14h30.
A Secretaria de Segurança Pública informou, em nota, que as delegacias e as centrais são monitoradas diariamente. "Não recebemos reclamações de ninguém."
A mudança, que gera polêmica, aconteceu no último dia 18 e faz parte do plano de reestruturação do governo. Procurada, a PM não falou.