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USP de São Carlos registra 3º caso policial em16 dias

No episódio mais recente, aluno relata que foi estuprado por oito colegas

Outros casos que são investigados no campus envolvem a polêmica do 'Miss Bixete' e a morte de uma estudante

FERNANDA TESTA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE RIBEIRÃO PRETO

O campus da USP em São Carlos registrou em menos de um mês três casos policiais.

O mais recente envolve a suspeita de estupro de um estudante, que teria ocorrido dentro da universidade.

Após a polêmica do "Miss Bixete", onde três alunos ficaram nus, supostamente jogaram bebida e hostilizaram um grupo de feministas que protestavam contra o desfile no campus, outras duas ocorrências foram registradas.

Anteontem, a estudante Giseli Aparecida Braz de Lima, 30, doutoranda em ciências da computação e matemática, morreu após ser atingida na cabeça por um galho de árvore próximo a uma das cantinas do campus.

De acordo com a Polícia Civil, o galho atingiu a estudante enquanto ela lanchava na universidade.

A USP classificou o caso como uma "fatalidade" e decretou luto oficial de três dias no ICMC (Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação), local onde a estudante cursava a pós-graduação.

A história mais recente é de um estudante de ciências exatas da universidade, que na noite de anteontem acusou oito colegas de estupro dentro do campus.

O jovem de 22 anos compareceu ao plantão policial para relatar o caso. Segundo a polícia, ele disse que o crime aconteceu na noite do dia 4.

O estudante, após participar de uma reunião acadêmica no campus, disse que foi abordado por oito colegas no alojamento da universidade.

De acordo como aluno, os colegas fizeram ameaças e depois o estupraram. A vítima disse ainda que os alunos são moradores do alojamento e que sabe reconhecê-los.

"Vamos identificar e ouvir as pessoas para verificar a veracidade dos fatos. O aluno disse à polícia que os conhece por apelidos", disse o delegado Aldo Donisete Del Santo, que assumiu o caso.

Segundo ele, o episódio foi registrado como suspeita de estupro. O próprio estudante que relatou o abuso será chamado para falar com Del Santo- na quarta-feira, ele conversou com outro delegado, que estava no plantão.

A Folha pediu o contato do aluno à polícia, mas não conseguiu localizá-lo.

INVESTIGAÇÃO

A assessoria de imprensa da USP informou, em nota, que o estudante compareceu ao Serviço de Promoção Social do campus na última segunda-feira para relatar o caso.

Na ocasião, "todas as ações e procedimentos pertinentes foram realizados pelos profissionais do setor, respeitando o sigilo próprio da atividade", diz a nota.

Após o registro do boletim de ocorrência, no entanto, a universidade verificou "incongruência nos relatos".

A USP não informou, porém, quais versões registradas no BO são diferentes do relato que o aluno fez no dia 12.


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