Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ribeirão

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

AdeS investiga queimadura em Ribeirão

Caso de adolescente registrado na cidade neste mês é um dos 14 apurados pela Unilever, fabricante da marca de suco

Empresa afirma que ofereceu atendimento médico para os clientes, mas mãe do garoto diz que não foi procurada

DANIELA SANTOS DE RIBEIRÃO PRETO

A Unilever Brasil, fabricante da marca de sucos AdeS, confirmou ontem à tarde que um adolescente de 17 anos que vive em Ribeirão Preto é um dos 14 consumidores do produto que teve reações após ingerir a bebida.

Para evitar outras contaminações, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) suspendeu anteontem a fabricação, distribuição, comercialização e consumo de 32 produtos de soja da marca AdeS saídos de uma das linhas de produção da fábrica de Pouso Alegre, em Minas.

Eles haviam sido distribuídos nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná

Em nota, a assessoria da empresa informou que investiga as 14 reclamações feitas pelo SAC (Sistema de Atendimento ao Cidadão) e que disponibilizou atendimento médico a eles -12 aceitaram e dois negaram. A nota não afirma se o garoto de Ribeirão aceitou.

A mãe do adolescente, que preferiu não se identificar, disse à Folha anteontem que, até então, não havia sido contatada pela Unilever.

Ela informou que o filho passa bem, mas a língua perdeu parte da sensibilidade.

Segundo a mãe da vítima, o adolescente não chegou a engolir o suco de maçã. Ela contou que, ao colocar a bebida na boca, o filho já sentiu uma queimação muito forte e jogou o líquido para fora. Nesse momento, a língua do garoto já estava sangrando e a garganta, ardendo.

Ele foi atendido na emergência do hospital São Lucas.

No dia seguinte, a mãe da vítima registrou um boletim de ocorrência para a instauração de processo criminal.

A família contratou duas advogadas para dar sequência ao processo judicial e vai pedir indenização pelos danos físicos. "Se o meu filho tivesse engolido esse produto, que é totalmente corrosivo, hoje eu não estaria falando com você, mas chorando."

Após o incidente com o filho, ela voltou ao supermercado e comprou uma nova caixa do suco, do mesmo lote, e disse ter constatado a mesma irregularidade. O líquido era translúcido. Parecia água, conta a mãe.

Amostras dos produtos foram encaminhadas para a perícia da polícia e para uma outra, particular, contratada pela família. O resultado deve sair em 30 dias.

OUTRO LADO

De acordo com nota enviada pela assessoria de imprensa da Unilever Brasil, os problemas apresentados são decorrentes de uma falha no processo de higienização na linha de produção TBA3G, de Pouso Alegre (MG), "que resultou no envase de embalagens com solução de limpeza da máquina".

Ainda segundo a nota, o lote impróprio para consumo começa com as iniciais AGB 25, produzido em 25/02/2013 e com validade até 22/12/2013.

A empresa informou que o problema já foi solucionado e que os produtos foram retidos na fábrica. Os demais estão sendo recolhidos.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página