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Dupla dinâmica

Prevista para março, pavimentação da estrada Paraty-Cunha deve facilitar o acesso aos dois destinos, que se complementam com mar e serra, arte e história

DÉBORA YURI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE CUNHA (SP) E PARATY (RJ)

Fazer trilha no parque nacional da Serra da Bocaina, visitar cachoeiras e alambiques, degustar cafés e à noite tomar um vinho em frente à lareira. No dia seguinte, sair de barco, de ilha em ilha, e depois visitar um centro histórico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 

Esse roteiro promete ficar mais acessível ao viajante a partir do início do ano que vem, quando a pavimentação da estrada Parque Paraty-Cunha for concluída. A via liga duas cidades turísticas do Sudeste: a estância climática de Cunha (a 231 km da capital paulista) e Paraty, no litoral fluminense.  

A 49 quilômetros de distância, os destinos se complementam. Pela estrada renovada, será possível fazer o trajeto Cunha-Paraty em cerca de 40 minutos. Hoje, parcialmente de terra, o mesmo percurso, sinuoso e íngreme, leva entre uma e duas horas, quando a estrada está boa.

"Seu uso é desaconselhável para carros sem tração quando chove", diz Vicente de Paula Loureiro, subsecretário de Urbanismo Regional e Metropolitano da Secretaria de Obras do Rio de Janeiro.

Há um consenso de que a estrada estimulará o desenvolvimento local, mas alguns moradores se queixam. "Tememos o aumento de violência e de drogas", diz o cunhense Isdair de Oliveira, 50.

Pegando a Dutra e saindo por Guaratinguetá, o motorista chegará a Cunha em três horas e, em Paraty, em menos de quatro. Ou seja: até em breves "escapadas", vai dar para curtir montanha e praia no mesmo fim de semana.

A ligação entre as cidades fez parte do "caminho velho", trecho da Estrada Real construído a mando da coroa portuguesa no século 17.

Os 9,4 km de estrada de terra que passam pelo parque nacional da Serra da Bocaina estão sendo pavimentados ao custo de R$ 92,5 milhões, investidos pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. Por exigências ambientais, a via terá passagens subterrâneas para animais que vivem na região. A cobrança de pedágio está sendo estudada.

Com museu, ateliês, cachoeiras, alambiques, cafés e restaurantes, a rota Cunha-Paraty é uma atração à parte. 

À espera de seu "caminho novo", os dois municípios vivem agora um clima festivo.

A 21ª Temporada de Inverno de Cunha vai até 26 de julho e, nesta sexta (18), começa a primeira edição na cidade do Festival Cachaça Gourmet & Café Vale do Paraíba. No dia 30, é a vez de Paraty receber a 12ª Flip (Festa Literária Internacional de Paraty).


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