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Guerra em Gaza destrói patrimônio histórico da região
Mísseis deixam mesquitas em ruínas; pontos de visitação estão sendo fechados
Além de causar milhares de mortes, o conflito em Gaza destrói o patrimônio histórico-cultural deste território palestino. Um exemplo é a mesquita de Al Omari, em Jabaliya, atingida por um míssil israelense. Partes do templo --um dos poucos prédios históricos de Gaza-- remontavam ao século 14.
O governo pediu à Unesco que equipare a destruição intencional do patrimônio histórico a um "crime de guerra".
Os bombardeios causaram danos diretos e indiretos ao patrimônio de Gaza, diz Ahmed al Barsh, do Ministério de Turismo. "Indiretos porque visitantes não podem entrar, sejam estrangeiros, estudantes ou pesquisadores."
Para suprir a falta de um museu público, Jawdat al Judary, começou a colecionar objetos que descobria revolvendo a terra para a construção. Seu museu tem vestígios de cerâmica antiga, objetos em bronze e armas. Judary pensou em aumentar a coleção e renovar o museu. Em abril, recebeu arqueólogos franceses --que foram embora por causa da guerra.
A mesquita Al Mahkamah, do século 15, também foi destruída em Chajaya, um dos bairros de Gaza mais bombardeados. Resta apenas o minarete da era dos mamelucos, que começou no século 13.
O "hammam" al Samara, último banho turco de Gaza, teve de fechar --era uma das únicas atrações ainda intactas para os turistas.