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Cruzeiro vapt-vupt
Temporada será marcada por roteiros de curta duração, de até cinco dias; são mais baratos e atraem novo público, que tem receio de passar muito tempo em alto-mar
A temporada brasileira de cruzeiros marítimos, que começa no dia 4 de novembro, terá uma cara diferente: será marcada por minicruzeiros.
Nada a ver com o tamanho dos navios, que continuam comportando até 4.300 passageiros; eles são "míni" por causa da duração das viagens, de no máximo cinco dias, contra uma semana dos cruzeiros "regulares".
Dos 239 roteiros que serão feitos pelo litoral brasileiro, 103 serão desse tipo.
A armadora Costa aumentou a oferta de minicruzeiros de um, na temporada passada, para quatro; na Pullmantur, essas viagens passaram de 31 para 66, e um dos três barcos da empresa fará apenas roteiros "vapt-vupts".
No ano que vem, a MSC deve adotar a mesma estratégia e fazer do Armonia um navio só de viagens curtas.
Trata-se de uma aposta das armadoras para driblar a redução do número de navios. Neste ano, o país receberá dez embarcações, uma a menos que em 2013 e o menor número desde o verão de 2007.
Mas os minicruzeiros, ao multiplicar as viagens, devem manter praticamente estável o número de cruzeiristas. Segundo a Clia Abremar Brasil (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos), com o aumento da oferta desses roteiros, haverá 640 mil vagas em transatlânticos neste ano, ante 648 mil no ano passado.
"Eles têm tarifas menores, capazes de atrair o público que nunca fez cruzeiros por falta de tempo ou receio de passar muitos dias no mar", diz Alexandre Zachello, gerente da Pullmantur no Brasil.
Como duram menos, são mais acessíveis --a princípio, por terem a metade do tempo, eles já custam 50% menos.
"Mas é possível encontrar um cruzeiro de curta duração em dias de semana com descontos ainda maiores", afirma Roberto Fusaro, presidente da Clia Abremar Brasil.
Em dezembro, um roteiro de oito noites no navio Costa Pacifica, por exemplo, custa R$ 1.449; outro de quatro noites, na mesma época, no Costa Favolosa, sai por R$ 699.
E ainda que a temporada só comece em novembro, é bom se planejar desde já. "Quem compra com antecedência já paga mais barato. Neste ano, as maiores promoções, que normalmente iriam até julho, foram estendidas devido à Copa, mas acabam no começo de setembro", diz Fusaro.
Para entender melhor como funcionam essas viagens, a Folha passou três dias navegando pelo rio Solimões, na Amazônia, em um navio que opera o ano todo só em roteiros de três ou quatro noites.
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