Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Turismo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Minicruzeiros têm duração curta, mas programação extensa

Roteiro de fim de semana na Amazônia acompanhado pela Folha incluiu seis passeios e atividades de 6h à 1h

Clima a bordo tinha seu quê de resort, com público na faixa de 50 anos, guia 'faz-tudo', bingo e caipirinha

GUSTAVO SIMON DO ENVIADO A MANAUS

Do final da tarde de uma sexta-feira à manhã de segunda, uma cabine do Iberostar Grand Amazon serviu de base para a reportagem da Folha, que embarcou em um minicruzeiro pelo rio Solimões, partindo de Manaus.

Mesmo com programação curta --poucas horas a mais que um fim de semana--, os dias eram agitados para os 45 passageiros (a maioria na faixa dos 50 anos). Incluíram seis passeios de lancha, atividades de lazer no navio, fartas refeições e uma balada (ainda que com pista quase vazia) na noite de domingo.

Em um esquema familiar a quem frequenta resorts, os guias eram figuras onipresentes: o mesmo que comandou uma caminhada pela mata explicando propriedades medicinais das plantas amazônicas estava, horas depois, cantando e tocando violão ao lado dos colegas para animar a hora dos aperitivos na piscina --o eclético repertório variou de forró a "La Bamba".

BINGO E PREGUIÇAS

Os dias no navio começavam cedo. O primeiro passeio partiu às 8h no sábado e às 5h45 no domingo --este, para ver o nascer do sol no meio do Solimões, iniciativa que não obteve sucesso por causa da forte neblina.

Os turistas com mais pique podiam terminar o dia tarde também. No sábado, uma ronda de lancha para avistar jacarés acabou perto das 23h, e a noite de domingo foi ainda mais extensa.

Incluiu um jantar de gala, com a presença do capitão e pratos com lagosta, e a apresentação de um grupo de danças típicas brasileiras seguida da de um DJ (na verdade, outro dos guias), até a 1h.

Mesmo assim, antes das 6h de segunda-feira a maior parte dos passageiros estava no deque superior para ver o encontro das águas --quando, próximo ao porto de Manaus, o barrento rio Solimões se mistura ao escuro rio Negro para formar o Amazonas.

Os passeios, que proporcionavam certa imersão na vida da floresta, ajudavam a desanuviar o clima de resort do cruzeiro --que teve direito até a bingo com caipirinha antes do almoço de sábado.

As lanchas levaram os turistas para pescar piranhas (e devolvê-las ao rio), visitar a casa de um ribeirinho para conhecer, bem rapidamente, seu estilo de vida, e fazer compras em uma pitoresca loja de artesanato no meio do rio.

No caminho, em meio aos igarapés, era hora de ficar em silêncio para avistar bichos --preguiças, iguanas, jacarés e botos deram as caras-- e árvores típicas da região como a frondosa sumaúma.

Outro elemento clássico da região também apareceu, para azar dos cruzeiristas: uma repentina tempestade amazônica surpreendeu um dos passeios. Era hora de voltar para o navio e jogar baralho.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página