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Deu branco

Com tonalidades brilhantes e mais caras, cor da moda no setor automotivo aproxima-se do prata na preferência do público

FELIPE NÓBREGA DE SÃO PAULO

Nenhuma outra cor cresceu tanto na preferência dos motoristas brasileiros como a branca. De 2009 para cá, o percentual de carros novos pintados nesse tom passou de 10% para 29% do total, aproximando-se do prata (33%).

"O lançamento de automóveis de luxo brancos e a chegada dos tons perolados, que trazem componentes mais sofisticados, contribuíram para o fenômeno", aponta Alex Lair de Amorim, gerente de pigmentos da PPG, líder mundial na fabricação de tintas automotivas e responsável pela pesquisa.

O movimento ganhou força após o Salão de São Paulo de 2010, quando a BMW exibiu toda sua linha nessa cor. Na época, a estratégia foi considerada ousada, pois o branco era até então associado a carros de frota ou táxis.

PÉROLA

Entrar na moda, porém, tem seu preço. Tons perolados podem deixar um veículo compacto cerca de R$ 1.500 mais caro, caso do Fiat Cinquecento (R$ 44.390).

De acordo com fabricantes de tintas, essa pigmentação exige processo rebuscado de pintura e, por isso, acaba sendo ofertada apenas para modelos considerados premium.

Além de ter ganho status de cor chique, o branco também faz sucesso entre carros de apelo esportivo.

Segundo a Chevrolet, aproximadamente metade dos hatches da linha Cruze em circulação no país foram pedidos com carroceria branca sólida (não metálica).

Dono de um Dodge Durango, o cantor Luan Santana diz ser fã do branco. "A cor ressalta mais os detalhes estéticos do carro, além de passar a impressão de pureza", diz.

Para se diferenciar, cada montadora tem sua própria paleta de cores, todas com nomes bem curiosos.

Só do preto, a Volkswagen tem três tonalidades: Ninja, Magic e Mystic.

Essa, aliás, foi a cor que mais "encolheu" em volume nos últimos anos. Mesmo assim, ainda permanece entre as preferidas do consumidor.

A executiva Mariana Saul, 31, conta que comprou recentemente seu primeiro carro preto, um Ford New Fiesta perolizado.

"Adorei esse novo efeito 3D da tinta, que proporciona um ar mais feminino ao veículo", acredita.

Porém, depois de duas décadas de monopólio de cores frias, estudos apontam novas perspectivas para 2015.


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