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Corrida contra o tempo

Para, enfim, se alinhar a rivais, VW Gol ganha novo motor 1.6 com 16 válvulas; tecnologia estreia na versão topo de linha

FELIPE NÓBREGA DE SÃO PAULO

O alarme de emergência disparou na Volks. Com a chegada do subcompacto Up! e a aposentadoria da versão G4 (de geração antiga), o Gol despencou em vendas e, pela primeira vez em 27 anos, vê seu reinado ameaçado.

O fabricante resolveu reagir, mas o remédio virá em doses homeopáticas. O novo motor 1.6 com 16 válvulas e 120 cv de potência (16 cv a mais do que o anterior) estreia apenas na versão mais cara, a Rallye, caracterizada por suspensão elevada, visual aventureiro e preço próximo a R$ 50 mil.

Uma pena, pois o novo propulsor EA211 (da mesma família do 1.0 três cilindros do Up!) deixou o Gol mais agradável de dirigir.

A começar pelo menor nível de ruído, já que o motor oferece sua força máxima em rotações mais baixas --85% do torque, por exemplo, já está disponível a 2.000 rpm. Isso diminui a necessidade de reduções constantes de marchas, principalmente no trânsito urbano.

A maior diferença, contudo, é notada pelo pé direito do motorista. O acelerador não faz mais "corpo mole" quando pressionado.

Os números do teste Folha-Mauá revelam que, com o novo conjunto, a versão Rallye ficou quase 1s mais rápida na prova do 0 a 100 km/h. Em percentual, isso representa um salto de 10% em relação ao modelo anterior.

A evolução foi ainda maior nos ensaios de retomada de velocidade, que simulam situações de ultrapassagens em rodovia. No teste de 80 a 120 km/h em quarta marcha, o modelo 2015 precisou de 10,6s para concluir a manobra --tempo 16% menor.

CONSUMO

O novo motor do Volkswagen Gol também é ligeiramente mais econômico. Afinal, o foco do cliente deste segmento de veículo continua sendo o consumo de combustível --até porque a suspensão elevada em 28 mm da versão aventureira não encoraja o condutor a uma tocada esportiva.

Na cidade, o compacto da Volkswagen percorreu, em média, 8,3 km por litro de etanol e 10,8 km com gasolina no tanque.

Mérito da adoção de tecnologias atuais, como o bloco e o cabeçote do propulsor fundidos em alumínio (não em ferro), duplo circuito de arrefecimento, sistema variável de válvulas na admissão e partida a frio sem tanquinho.

Tais mudanças mostram o quanto o motor antigo estava defasado e também que, enfim, o Gol passa a ter condições de peitar a nova safra de rivais, como o HB20.

Aliás, o Hyundai e o Fiat Palio (vice-líder do segmento) chamaram o VW para o duelo de hatches 1.6 na pista.


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