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Touro manso

Apesar da cara de malvada e do motorzão V2 de 1.600 cc, Harley Fat Boy Special é dócil de guiar, mas porte limita agilidade no trânsito urbano

GUILHERME SILVEIRA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Desde que chegou às ruas, em 1990, a Fat Boy se tornou uma moto cult. Tanto pelo visual clássico, simples e parrudo, como por manter o estilo "rabo duro" dos primeiros modelos --sem suspensão traseira. No Brasil, ela repete o sucesso que tem no resto do mundo: apesar de ser uma das mais caras da marca, fechou 2013 na vice-liderança do ranking interno com 1.209 unidades emplacadas.

Uma das explicações para o nome Fat Boy vem das formas salientes do veículo.

Por R$ 54 mil (R$ 1.900 extras), leva-se uma versão como a avaliada pela reportagem, com cara de malvada, suspensão rebaixada em 3 cm, rodas escuras e peças mecânicas em preto rugoso. Perfeita para quem se incomoda com o excesso de cromado da versão standard.

Comprida e pesada (são 330 kg divididos em 2,4 m), esta Harley é quase um touro sobre duas rodas. Apesar de ser um animal dócil, o porte avantajado da motocicleta, que ainda tem pedaleiras e guidão largos, limita sua mobilidade entre os carros no trânsito cotidiano.

Em movimento, a Fat Boy é obediente e fica até leve após o condutor entender a sua dinâmica. A ergonomia é boa, ereta, e a roda dianteira esterça bem em balizas.

A versão Special é mais firme que a comum e igualmente bem servida por pneus largos (200 mm atrás e 140 mm na frente). As pedaleiras tipo plataforma limitam maiores inclinações por rasparem fácil no asfalto --pelo menos levantam quando encostam no solo, para evitar acidentes.

Essa Harley é uma custom que passa confiança em curvas, mas detesta pisos ruins.

ESQUENTADA

Impulsionada pelo motor V2 Evolution de 1.600 cc, a motocicleta tem torque (12,1 kgfm a 3.000 rpm) que faz jus ao seu peso e seis marchas de relações bem longas.

A embreagem, a cabo, beira o macio, enquanto que os engates na enorme transmissão são longos e ruidosos.

Outra característica que incomoda: o motor esquenta bastante se a moto ficar parada, principalmente do lado direito, de onde saem os escapes. Não ajuda também o reservatório de óleo estar posicionado logo abaixo do banco e não haver um radiador para o lubrificante (vendido como acessório em concessionárias, por R$ 1.850).

A nova cor perolizada Blackened Cayenne também é cobrada à parte (R$ 1.200).

Os freios atuam com o sistema ABS e são bem modulados, desde que se freie mais o disco traseiro. Na (pesada) frente poderia ter dois discos, em vez de apenas um.

A simplicidade retrô e o acabamento caprichado da Fat encantam: além do amplo velocímetro central, tem um visor digital com conta-giros e indicador de marcha engatada. O marcador de combustível fica ao lado esquerdo do reservatório de 18,9 litros e imita uma segunda tampa.

Montada em Manaus (AM), a Fat Boy tem dois anos de garantia e acompanha chave presencial com alarme imobilizador.


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