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Táxis abrem mercado para carro híbrido

Menos poluente, frota híbrida começa a circular por SP; lei que definirá incentivos fiscais ainda não saiu do papel

Tímido, programa de novos alvarás em São Paulo é o primeiro incentivo do país para modelos híbridos

RICARDO RIBEIRO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O híbrido Toyota Prius começará a ser vendido oficialmente no Brasil só em janeiro de 2013, mas algumas unidades já circulam pelas ruas de São Paulo desde o início do mês. O carro combina o motor a gasolina a um propulsor elétrico, tecnologia que reduz o consumo e as emissões de poluentes.

Os modelos fazem parte do Programa de Táxis Híbridos da Prefeitura de São Paulo, que concedeu novos alvarás para empresas frotistas que compraram híbridos. Serão 116 veículos até maio. Hoje, há 20 Prius em circulação.

O objetivo é colocar carros mais "verdes" no trânsito da capital. Segundo a Secretaria Municipal de Transportes, os veículos com motor a combustão são responsáveis por 90% da poluição na capital. Contudo, o preço elevado dos modelos é o maior entrave.

Como apenas taxistas autônomos têm direito a isenções fiscais, as empresas pagaram pelo Prius o mesmo que ele custará na concessionária em janeiro: R$ 120 mil.

A Ford, que também está sendo procurada por taxistas, vende a versão híbrida do Fusion desde 2010. A nova geração chegará em abril e deve ter preço próximo ao da atual: R$ 134 mil.

INCENTIVOS

"Temos interesse em conceder incentivos para a venda de carros híbridos e elétricos e isso está em discussão, mas é um tema complexo", diz Heloísa Menezes, secretária de desenvolvimento da produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Nos EUA, por exemplo, parte do valor de carros híbridos e elétricos é pago pelo governo. O cliente chega a ter um desconto de US$ 7.500 (cerca de R$ 15,6 mil).

A Folha apurou que o programa federal será definido em 2013 e deverá estabelecer reduções e isenções de impostos em vez de subsidiar o preço do carro.

Além do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), há o Imposto de Importação. No caso do Prius, que é produzido no Japão, a Toyota espera que o preço caia para R$ 90 mil com o acordo.

"Também estamos conversando com o governo do Estado de São Paulo para tentar uma redução de IPVA [Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores] e ICMS [Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços]", afirma Roberto Braun, gerente de assuntos governamentais da Toyota.

"É natural que o governo deseje tecnologia local. Planejamos até um Prius flex, mas a produção local só será possível com volumes maiores de venda", diz Braun.

Novas tecnologias também exigem mudanças no mercado. "Além da nossa rede de oficinas, tivemos de treinar o Corpo de Bombeiros a como agir no resgate em acidentes com o Prius", diz o gerente da Toyota.

Já para os elétricos será preciso investir na ampliação da rede de postos de recarga, ainda muito incipiente.


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