Sujos, podres e imbecis tocam em São Paulo

Banda texana faz crossover, fusão entre metal, hardcore e punk

Rob Rampy, Kurt Brecht, Spike Cassidy e Greg Orr da banda Dirty Rotten Imbeciles
A banda Dirty Rotten Imbeciles, ou D.R.I., que faz show m Limeira (SP) e São Paulo - Divulgação
Jean Canuto
São Paulo

Houve um tempo em que punk cruzar com metaleiro inspirava cuidados. Hoje virou motivo de celebração.

Toca nesta sexta (13), em Limeira, e sábado (14), na capital, o grupo norte-americano Dirty Rotten Imbeciles (Sujos, Podres e Imbecis, em português, ou D.R.I.), um dos primeiros a dar forma ao que viria a ser conhecido como crossover, a fusão entre metal, hardcore e punk.

A banda se formou no Texas em 1982, tocando um hardcore punk em alta velocidade. Seu primeiro lançamento, o "Dirty Rotten EP" (1982), juntava 22 músicas em cerca de 18 minutos.

As apresentações coincidem com o aniversário de 30 anos de "Four of a Kind", seu quarto disco de estúdio. E também com o lançamento de "Full Speed Ahead", de 1995, que ganha lançamento nacional (R$ 30, distrorockrecords.com.br) com várias faixas bônus.

Apesar das efemérides, Kurt Brecht, vocalista da banda, diz não ter nada especial programado. "Tocaremos faixas de todos os álbuns, nada em particular".

As novidades ficam em torno da entrada de um novo baixista, Greg Orr, que toca também com a Attitude Adjustment, e do retorno do baterista Rob Rampy, que havia se afastado. "Lançamos um novo EP há dois anos e pensamos em fazer um novo álbum em breve", diz Brecht.

Fist Banging Manics

A passagem do D.R.I. por SP contará com a abertura do supergrupo NotS.O.D.- Fist Banging Manics, que tocará na íntegra um dos discos mais emblemáticos do crossover, "Speak English or Die" (1985) da extinta banda S.O.D. (Stormtroopers of Death).

O grupo era composto por membros do Anthrax: Scott Ian na guitarra, Charlie Benante na bateria e o ex-baixista do grupo, Danny Lilker. À frente, o destemperado vocalista Billy Milano.

Lilker, que toca em SP, tem feito apresentações pelo mundo. Para montar a versão brasileira, o baixista teve a ajuda do produtor e amigo Matthias Prill, responsável pela tour do D.R.I.

João Gordo, da Ratos de Porão, chamado para os vocais, quase declinou do convite: "Eu nem queria fazer, algumas letras são grandes, difíceis pra caramba. Tive que fazer adaptações para outras, que não se encaixam com a minha visão de mundo".

 
Completam o time o baterista Guilherme Martin (Viper, Toyshop) e o guitarrista Cleber Orsioli (Blackning).Após alguns ensaios, Gordo diz ter se animado: "Os caras tocam pra caramba, sai igualzinho, ficou tão bom o negócio que é possível gravarmos e lançarmos isso".

"Speak English or Die" tem um humor nonsense e politicamente incorreto. Para Lilker, as letras do álbum eram para ser controversas, mas não ser levadas a sério.

"Queríamos irritar a todos e nos divertir. O mais importante sempre foi a música, as letras eram apenas para embalar a pizza", diz.


DRI E NOTS.O.D. - FIRST BANGING MANIACS

QUANDO sex. (13), às 21h, em Limeira; sáb. (14), às 18h, em São Paulo

ONDE Bar da Montanha, av. Laranjeiras, 2601, Limeira; Fabrique, r. Barra Funda, 1.071, em São Paulo

QUANTO de R$ 119 a R$ 280,em circleofinfinityproducoes.com (em Limeira) e ticketbrasil.com.br (em São Paulo

CLASSIFICAÇÃO 18 anos (Limeira); 16 anos (São Paulo)

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