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Coleção Folha mostra revolução cartográfica trazida pela Idade do Ouro

Segundo volume da coleção chega às bancas no domingo (7/10)

Cristiane Martins
São Paulo

A Idade do Ouro holandesa, quando floresceram arte, ciência e indústria no fim do século 16 e ao longo do 17, levou a uma revolução na cartografia, com a crescente demanda por novos impérios, parceiros comerciais e destinos.

O segundo volume da Coleção Folha O Mundo pelos Mapas Antigos, que chega às bancas no domingo (7/10), aborda o poderio marítimo e comercial da Holanda, a descoberta da América e a separação da Terra Australis da Terra do Fogo.

Cartógrafos eram cada vez mais exigidos a entregar peças mais precisas e com novas descobertas. A indústria gráfica potencializou a troca de informações, tanto geográficas quanto científicas.

O matemático flamengo Gerardo Mercator (1512-94) solucionou à época, por meio da matemática, o problema náutico da curvatura da Terra. Na prática, essa representação cartográfica permitia que o navio alcançasse com mais precisão o destino almejado. É, atualmente, uma das mais utilizadas no mundo.

A coleção traz ao leitor uma projeção ártica produzida por Mercator em 1606, documento tido como o primeiro mapa do mundo do polo Norte. O volume analisa e apresenta 11 mapas, entre eles um de autoria do cartógrafo holandês Abraham Ortelius (1527-98), que mostra o território australiano três décadas antes da descoberta oficial.

O segundo volume acompanha uma reprodução avulsa do mapa "Orbis Terrae Novissima Descriptio", um raro mapa em dois hemisférios do cartógrafo Jodocus Hondius e do editor Jean Le Clerc.

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