Aos 69 anos, o cineasta Pedro Almodóvar está se aventurando pela primeira vez nas pinturas. Ele inaugurou no último fim de semana a exposição “Flores de Periferia”, no Centro Andaluz de la Fotografia (CAF), em Almería, Espanha, onde fica até o fim de setembro.
A mostra traz as 25 obras que Almodóvar desenvolveu durante cinco meses ao lado do artista madrileno Jorge Galindo. O trabalho deles foi baseado na transformação de fotografias de flores e natureza morta em telas coloridas, a partir da adição de óleo por cima das imagens.
Segundo o El País, a escolha das cores foi feita de maneira espontânea e a dupla pintou “com as mãos, braços e pés por cima das imagens fotográficas, convertidas em telas”. As sessões aconteceram no estúdio de Galindo na cidade de Borox, em Toledo, na Espanha.
Apesar de ser amante da arte e colecionador quadros, esta é a primeira vez que Almodóvar vive a experiência de pintar. O impulso veio depois que Galindo viu uma exposição com as fotos de Almodóvar que inspiraram a exposição.
“Tenho conhecimentos rudimentares sobre fotografia, mas não sabia que a partir de uma imagem pequena se poderia chegar a esta qualidade de ampliação. Esta parte me interessava”, disse o cineasta ao El País. “Fui encontrar Galindo basicamente para dizer-lhe não à proposta de pintar. Chegando no estúdio, vi todas aquelas telas estendidas e o terreno preparado para receber a pintura.”
Almodóvar começou a trabalhar nas pinturas logo depois que concluiu seu filme mais recente, “Dor e Glória”, lançado no Brasil em junho. O longa rendeu ao protagonista, Antonio Banderas, um prêmio de Melhor de Ator no último Festival de Cannes.
Depois da experiência, na entrevista ao jornal espanhol, o cineasta também confessou que vê com bons olhos a ideia de seguir com a pintura como uma atividade paralela à carreira no cinema. “Não descarto seguir nessa aventura.”
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