Chico Buarque usou as redes sociais nesta quarta (9) para responder ao comentário feito por Bolsonaro, que deu a entender que não vai assinar o diploma que será concedido ao compositor pelo Prêmio Camões, o principal troféu da língua portuguesa.
"A não assinatura do Bolsonaro no diploma é para mim um segundo Prêmio Camões", escreveu o cantor e escritor.
Questionado se assinaria o diploma que acompanha a premiação de € 100 mil (cerca de R$ 447,3 mil), valor dividido entre Brasil e Portugal, o presidente disse que sua decisão é um "segredo".
"Eu tenho prazo? Até 31 de dezembro de 2026, eu assino", afirmou, fazendo alusão à reeleição. Seu atual mandato termina em dezembro de 2022.
O assunto tem rachado a cúpula do governo. Para integrantes do setor moderado, a assinatura do diploma seria apenas uma iniciativa protocolar e, por isso, o presidente deveria seguir a tradição, evitando criar um constrangimento com o governo português.
Na avaliação de membros do núcleo ideológico, no entanto, ao não assinar o documento, o presidente faria um gesto político, posicionando-se contra o uso de recursos públicos em ações não prioritárias e demonstrando que seu mandato representa uma ruptura em relação aos governados anteriores.
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