O maestro Martinho Lutero Galati morreu nesta quarta-feira (25), aos 66 anos. Ele havia sido internado no dia 17 de março, após ter problemas pulmonares, e depois recebeu um diagnóstico positivo para a Covid-19.
O músico era diretor da Rede Cultural Luther King, organização que conta com o Coro Luther King, e havia sido diretor artístico do Coral Paulistano do Theatro Municipal de São Paulo entre os anos de 2013 e 2016.
Sira Milani, que era casada com o maestro, afirmou à Folha que o músico apresentou, primeiramente, um quadro gripal, que evoliu para uma pneumonia. Lutero fez dois testes de coronavírus, no qual somente o segundo deu positivo.
Milani explica que no dia 17 de fevereiro o artista voltou de uma viagem à Itália, onde tinha uma casa e dirigia um grupo de concerto em Milão.
"O maestro tem um trabalho mais do que reconhecido em quatro continentes", afirmou Milani.
O tenor Jean William, que já trabalhou em diveros espetáculos musicais ao lado do músico, se apresentou com o maestro em um concerto no Auditório Ibirapuera três dias antes de ele ser internado e lamentou a morte.
"Martinho Lutero foi o grande divisor de águas na minha vida, a pessoa que abriu caminhos para eu me apresentar na Europa", disse. "Ele respirava música e fez muito para os artistas da periferia. Ele tinha a cultura como uma bandeira de transformação", completou.
O grupo mais antigo dirigido pelo artista, o Coro Luther King, completou 50 anos de carreira em 15 de novembro de 2019.
Lutero deixa dois filhos, um neto e a mulher, Sira Milani. O corpo será cremado nesta quinta-feira (26), ao meio-dia, no Cemitério da Vila Alpina, em São Paulo.
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