Brad Pitt nunca foi dirigido por David Leitch, mas "Trem-Bala", filme que chega agora aos cinemas, é só mais uma parceria entre o ator e o cineasta. Isso porque antes de comandar longas como "Atômica" e "Deadpool 2", o segundo foi dublê do galã americano.
Nos anos 1990 e 2000, Leitch fez as vezes de Pitt nas cenas de ação de ao menos cinco filmes, entre eles "Clube da Luta", um dos mais celebrados da carreira do ator. Em entrevista a este jornal, o diretor falou como foi rever o amigo em "Trem-Bala", num contexto totalmente diferente.
"Foi divertido criar essa nova dinâmica de trabalho com ele e também muito especial, porque nós somos amigos, temos toda uma história. Enquanto dublê, você ajuda o ator a construir o personagem. Agora, fizemos isso de novo, mas num outro tipo de parceria, o que é como o fechamento de um ciclo", diz Leitch.
"É um prazer dirigir o Brad, porque ele é o tipo de ator que sempre traz algo de interessante para o projeto. Foi um presente poder o ver fazendo escolhas ousadas para o personagem, então compartilhamos ótimos momentos."
Ator e cineasta são hoje duas das principais vozes em Hollywood defendendo que a indústria dê mais reconhecimento aos departamentos de dublês, essenciais para filmes cheios de ação como "Trem-Bala", mas também para muitos dramas intimistas. Uma das principais demandas do movimento é que o Oscar crie uma categoria dedicada à área.
"Não é justo que na noite em que todo mundo se reúne para celebrar o cinema, em que todos que contribuem para um filme ser feito são reconhecidos, um único departamento fique de fora. Eles precisam se tocar", diz Leitch, que acredita que seu novo longa não seria o mesmo sem uma equipe de dublês de primeira.
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