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Morre Kaká Di Polly, drag queen que foi ícone da noite LGBT em São Paulo

Conhecida como 'dona da cidade', ativista fingiu desmaio para impedir paralisação da primeira Parada do Orgulho LGBT

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São Paulo

A drag queen Kaká Di Polly, pioneira da noite paulistana e nome fundamental para a primeira edição da Parada do Orgulho LGBT, morreu nesta segunda (23). A informação foi confirmada por diferentes ativistas da comunidade LGBT, incluindo a atriz e comediante Nany People, no Instagram. A causa da morte não foi divulgada.

Kaká Di Polly durante a Parada do Orgulho LGBT, em 2016
Kaká Di Polly durante a Parada do Orgulho LGBT, em 2016 - Greg Salibian/Folhapress

Considerada um símbolo da militância LGBT de São Paulo, Kaká Di Polly foi uma das pioneiras da noite paulistana. Sua presença constante na Medieval, primeira boate gay de São Paulo, chegou a lhe render o apelido de "dona da cidade" nas décadas de 1970 e 1980.

Seu talento para a arte drag queen impulsionou boa parte de sua carreira, que alternava com a formação em psicologia.

Seu ativismo foi crucial para o sucesso da primeira edição da Parada do Orgulho LGBT, em 1997. Na ocasião, Kaká Di Polly fingiu um desmaio para distrair a polícia, que queria interromper o cortejo, e permitir que a multidão da parada continuasse o trajeto, em meio ao trânsito da avenida Paulista.

Nos últimos anos, Kaká Di Polly teve sua história em São Paulo recontada no livro "Rainhas da Noite", de Chico Felitti, publicado em 2022 pela Companhia das Letras. Ela ficou ainda conhecida por se arrepender do voto no ex-presidente Jair Bolsonaro durante as eleições presidenciais de 2018.

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