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Laerte diz que Paulo Caruso, morto aos 73, é o herói do quadrinho brasileiro

Morto neste sábado, cartunista recebe homenagens de amigos e personalidades como o presidente Lula

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São Paulo

Morto na manhã deste sábado (4) aos 73 anos, o cartunista Paulo Caruso se tornou um dos assuntos mais comentados das redes sociais. Além de lamentarem sua morte, amigos como Laerte e personalidades como o presidente Lula fizeram homenagens ao paulistano, consagrado como um dos maiores chargistas do país.

Paulo Caruso em cerimônia de entrega do Prêmio Jabuti em 2011
Paulo Caruso em cerimônia de entrega do Prêmio Jabuti em 2011 - Alexandre Rezende/Folhapress

Caruso estava internado no hospital Nove de Julho, na capital paulista, havia cerca de um mês, para tratar das complicações decorrentes de um câncer no intestino. A família pediu que ele fosse desentubado para receber os amigos na manhã deste sábado, mas ele não resistiu.

Laerte, que publica na Ilustrada, definiu Caruso como "o grande herói do quadrinho brasileiro" e publicou um desenho do artista.

Lula também prestou condolências. "Paulo Caruso foi um grande desenhista e cronista político, com uma criatividade inesgotável, retratou com talento e consciência o dia a dia que constrói nossa história recente. O seu traço veloz e seu humor já são parte da memória nacional."

Além de chargistas, muitos jornalistas publicaram obras de Caruso para homenageá-lo. Os desenhos foram entregues a eles durante as gravações do programa Roda Viva, da TV Cultura, onde ele trabalhava há décadas.

Vera Magalhães, atual apresentadora do Roda Viva, publicou um vídeo em que mostra o traço dos desenhos de Caruso.

Paulo nasceu em São Paulo, em 6 de dezembro de 1949, irmão gêmeo de Chico Caruso, também cartunista. Cursou arquitetura na USP, mas não exerceu a profissão. Sua paixão eram os cartuns, publicados em dezenas de veículos de imprensa, como a Folha.

O chargista, que começou a desenhar por influência do avô aos cinco anos, junto com o irmão, teve suas primeiras publicações na imprensa no final da década de 1960, durante a ditadura militar. O período marcou seu trabalho, conhecido por sátiras políticas, que renderam livros como "Avenida Brasil".

Ele também se destacou ao fazer caricaturas de personalidades brasileiras, tarefa que exercia todas as segundas-feiras durante as entrevistas do Roda Viva, acumulando prêmios como o de melhor desenhista pela Associação Paulista dos Críticos de Arte, em 1994.

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