Descrição de chapéu Lollapalooza

Ludmilla surge ardente como o Sol no Lollapalooza com público suado

Cantora se uniu ao calor que atinge São Paulo para fazer suar o público do seu show, desfilando seus maiores hits e músicas novas

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Ludmilla foi escalada para o palco principal do Lollapalooza, o mesmo em que se apresentou a megaestrela Billie Eilish na noite de sexta-feira. É uma evolução para a cantora brasileira, que precisou se contentar com um palco secundário no Rock in Rio em setembro. Seus fãs inundaram as redes sociais de reclamações na época —a gritaria surtiu efeito.

A cantora Ludmilla se apresenta no palco Budweiser na décima edição do Lollapalooza. - Bruno Santos/ Folhapress

A artista faz mesmo jus aos grandes palcos. Se o público já estava encharcado antes do show por causa do calor, o suor pingou ainda mais com os jatos de fogo que foram atirados para o ar quando ela surgiu. Ludmilla vestia um body branco por baixo de um espartilho vermelho, com botas da mesma cor.

Começou cantando "Rainha da Favela", "Verdinha" e "Socadona", uma sequência de hits. Quando falou com a plateia pela primeira vez, Ludmilla admitiu ter pensado que não veria tanta gente ali porque ainda era início de tarde.

Estava cheio, é verdade, mas havia espaço o suficiente para que as pessoas rebolassem e fizessem dancinhas de TikTok. "Foca no meu bumbum", ela cantava, enquanto uma mulher gravava seu amigo requebrando até o chão. Gotas escorriam pelas costas nuas dele.

Ludmilla lançou o disco "Vilã" há pouco mais de um dia, e aproveitou o palco do festival para fazer propaganda do projeto. Disse que ali tinha "música de putaria, cachorrada e para transar". Depois, cantou "Sou Má", seu novo single.

Mas não deu tanta atenção às inéditas. Seu objetivo era ver o público berrar os grandes hits. Ludmilla é uma das mais versáteis cantoras de sua geração, dona de uma discografia que passeia pelo pop, funk, rap, R&B e, mais recentemente, pelo pagode.

O público berrou quando ela anunciou que cantaria músicas do seu projeto "Numanice". "Maldivas" foi apresentada ao lado de Brunna Gonçalves, sua mulher.

"Eu acabei de fazer o Lollapalooza todo cantar pagode", disse ela, brincando com os roqueiros que só estavam na frente da plateia para guardar bons lugares para ver as bandas como Wallows e Twenty One Pilots. Foi mesmo um dos momentos mais contagiantes do setlist.

Ela tem uma faceta romântica também, que surge com músicas como "Modo Avião", "A Tua Voz" e "Radar", que já gravou com Gloria Groove —a drag queen não apareceu no palco. Ludmilla entoou também a canção de corno "Não Quero Mais" e desceu para cumprimentar as pessoas espremidas na grade.

Em seguida, migrou para o funk com músicas do início de sua carreira, no tempo em que ainda era MC Beyoncé. Pediu, então, que o público fizesse uma ode aos gays e às lésbicas.

Ela se despediu sob uma chuva de fitas coloridas com "Onda Diferente". É um encerramento abrupto, de certa forma, mas à altura do restante do show. Ludmilla esbanjou calor brasileiro num palco que agora será dominado por gringos.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.