Bernardo Guimarães é novo colunista da Folha

Economista passa a escrever semanalmente; meta é 'enriquecer um debate que está empobrecido, focado em pouca coisa, em que a política tomou muito espaço'

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São Paulo

O economista Bernardo Guimarães, 49, escreverá semanalmente a partir desta desta terça-feira (15), com publicação às quartas na edição impressa, no caderno Mercado.

Professor na FGV EESP (Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas), Bernardo foi colunista da Folha de 2015 a 2016 e escreveu o blog "A Economia no Século 21".

Bernardo Guimaraes, doutor em economia por Yale, foi professor da London School of Economics (2004-2010) e é professor titular da FGV EESP e colunista da Folha. - Arquivo Pessoal

Graduado em engenharia e com mestrado em economia na USP, possui doutorado em economia pela Universidade de Yale (2004).

Em 2003, escreveu um artigo com o economista americano Nouriel Roubini sobre países que recebem ajuda do FMI (Fundo Monetário Internacional). De 2004 a 2010, foi professor na London School of Economics. Desde 2010 é professor da FGV-EESP.

Sua pesquisa abrange áreas como macroeconomia, finanças e economia política.

Apesar de reconhecer uma inclinação mais liberal no seu pensamento econômico, diz não acreditar que o mercado se regule sozinho. Defende um governo pouco intervencionista, mas com um papel importante na regulação e nas políticas de distribuição de renda.

"Eu tenho uma inclinação mais liberal, no sentido de acreditar que mercados muitas vezes entregam bons resultados, mas entendendo que governos são muito importantes para uma série de coisas. Inclusive para os mercados funcionarem", afirma o economista.

Bernardo diz ser um acadêmico que está na mesma onda das linhas de pesquisa das principais universidades do mundo, algo que no Brasil pode ser rotulado como ortodoxo, uma terminologia que ele prefere não utilizar.

"Parece que ortodoxo é aquele cara que não estuda nada faz 100 anos. Quem não estuda nada faz 100 anos são aqueles que leram [Ludwig von] Mises e [John Maynard] Keynes lá atrás e não quiseram aprender nada depois. Não gosto do termo, dá uma conotação errada, mas é assim que as pessoas me identificariam."

No debate político, se define como uma pessoa de centro, nem Lula nem Jair Bolsonaro, mas que declarou a opção pelo petista no segundo turno.

Já publicou artigos na Folha tanto a favor como contra iniciativas de governos do PT ao analisá-las do ponto de vista técnico e diz que pretende manter o distanciamento do viés político que invadiu o debate econômico.

"O que vai me guiar é menos o tema e mais uma tentativa de contribuir para enriquecer um debate que está empobrecido, focado em pouca coisa, em que a política tomou muito espaço."

Bernardo é autor dos livros "A Riqueza da Nação no Século 21", "Economia sem Truques" e "Introdução à Economia", os dois últimos em conjunto com o economista Carlos Eduardo Gonçalves.

Também publicou artigos em periódicos como American Economic Review, Journal of Monetary Economics, Journal of Public Economics, Journal of International Economics, Journal of Economic Theory e Economic Journal.

Bernardo vai substituir Helio Beltrão, presidente do instituto Mises Brasil.

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