Descrição de chapéu Banco Central copom

Haddad diz que BC tem autonomia para atuar 'quando entender conveniente'

Ministro da Fazenda afirma que dólar vai 'acomodar nos próximos dias e que responsabilidade fiscal é 'compromisso de vida' de Lula

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Brasília

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (3) que o dólar vai "acomodar" nos próximos dias, após a sequência de altas dos últimos dias, argumentando que isso se dará por causa das ações do governo.

Haddad ainda acrescentou que o Banco Central tem autonomia para atuar para estabilizar a moeda americana, se julgar necessário.

O chefe da equipe econômica também acrescentou que a responsabilidade fiscal é um "compromisso de vida toda" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Gabriela Biló - 26 jun . 2024/Folhapress
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad - Gabriela Biló/Folhapress

Haddad falou brevemente com jornalistas após a cerimônia de lançamento do novo Plano Safra para a agricultura familiar. O ministro da Fazenda foi questionado sobre eventual intervenção para contar a alta do dólar, mas respondeu que não iria se manifestar e que o BC é responsável por suas decisões.

"A diretoria lá [do Banco Central] tem autonomia para atuar quando entender conveniente", afirmou o ministro

O ministro na sequência afirmou acreditar que a cotação da moeda americana deve deixar de preocupar, embora não tenha dado uma previsão de tempo para que isso ocorra.

"A minha análise é que o câmbio vai acomodar", afirmou o ministro, acrescentando depois que isso vai acontecer por causa das medidas que o governo Lula vem tomando, sem acrescentar mais explicações.

A fala do ministro da Fazenda acontece após duas semanas de cotações do dólar em alta. Analistas apontam que isso se deve ao cenário externo e também a falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em particular críticas ao Banco Central, ao patamar da taxa de juros e à necessidade de fazer cortes para conter a dívida pública.

Nesta quarta-feira (3), o dólar passou a apresentar queda, com o mercado aguardando uma reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os ministros da área econômica para tratar do câmbio e da situação fiscal.

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