Trump promete cortes de impostos, guerras comerciais e repressão à imigração

Em discurso na Convenção Nacional Republicana em Milwaukee após atentado, ex-presidente exaltou planos de protecionismo econômico

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Financial Times

Donald Trump disse que foi salvo "pela graça de Deus Todo-Poderoso" ao prometer reprimir a imigração, reduzir impostos e renovar guerras comerciais se for eleito para mais quatro anos na Casa Branca.

Trump usou seu discurso ao aceitar a nomeação presidencial republicana para fazer um apelo ao centro, pedindo cura nacional e fim da "discórdia e divisão" ao relembrar o tiroteio no sábado passado (13) que quase o matou.

Mas ele também viu seu discurso de mais de 90 minutos em uma arena lotada na Convenção Nacional Republicana em Milwaukee como uma oportunidade para reforçar a agenda "América Primeiro" repleta de nacionalismo econômico, alertando os parceiros comerciais dos EUA que novas medidas protecionistas podem estar a caminho.

A imagem mostra Donald Trump, um homem de terno escuro e gravata vermelha discursando em um palco, com parte da orelha enfaixada. Ele está atrás de um púlpito branco com um microfone, e há um teleprompter à sua frente. Ao fundo, há uma faixa com estrelas brancas e cores azul e vermelha, sugerindo um evento patriótico ou político.
Trump prometeu acabar com as regras que impulsionam a adoção de veículos elétricos que estão no cerne dos planos climáticos de Biden - Li Rui/Xinhua

Faltando menos de quatro meses para a eleição de novembro, o discurso de Trump ocorreu em um momento ímpar na política americana, já que o ex-presidente lidera nas pesquisas —apesar de suas recentes condenações criminais— e o oponente democrata Joe Biden enfrenta uma revolta sem precedentes de membros de seu próprio partido pedindo que ele abandone a corrida à reeleição.

Trump agora lidera Biden em quase todas as pesquisas de opinião nacionais e em estados-chave, tornando-se o favorito claro para retornar à Casa Branca. Os mercados de apostas na quinta-feira colocaram as chances de vitória de Biden, que está com Covid-19, em uma baixa recorde.

Trump usou seu primeiro discurso desde a tentativa de assassinato para criticar o aumento da inflação sob Biden, mas também para alertar os parceiros comerciais dos EUA que ele reviveria as disputas comerciais que perturbaram os mercados e empresas globalmente quando ele estava no cargo.

"Por muito tempo fomos explorados por outros países, muitas vezes considerados nossos aliados. Perdemos empregos e receita, eles ganham tudo e destroem nossas empresas. Eu parei isso há quatro anos, e vou parar de novo", disse Trump.

Trump prometeu especificamente usar "impostos, tarifas e incentivos" para ajudar o setor automobilístico dos EUA e "não permitiria que enormes fábricas de automóveis fossem construídas no México, China ou em outros países".

Mas ele também prometeu acabar com regras que impulsionam a adoção de veículos elétricos, que são o cerne dos planos climáticos de Biden.

Trump também foi apoiado na quinta-feira por quase todos os seus familiares próximos, incluindo sua esposa, Melania, e filha, Ivanka, que até o momento evitaram apoiar publicamente sua terceira candidatura à Casa Branca.

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