Como saber se sua estratégia de marketing digital resulta em vendas

Métricas ajudam empresário a mudar de planos na hora de anunciar

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São Paulo

O marketing digital movimentou mais de um terço dos R$ 16 bilhões investidos em publicidade no país no ano passado, segundo pesquisa do Interactive Advertising Bureau Brasil. 

Saber se esse dinheiro foi bem investido é o desafio dos pequenos empresários —e envolve um mar de siglas como CRM, CAC, ROI e KPI.

Ao aplicar dinheiro em marketing digital, há algumas variáveis que são imensuráveis. Não dá para saber, por exemplo, se o consumidor que se quer atingir confiou no anúncio ou se ficou feliz ao conhecer o produto. Mas há indicadores que devem ser acompanhados de perto.

Não há uma métrica mais importante que as outras, dizem especialistas. Tudo depende do objetivo da empresa. Para observar o crescimento no número de compradores, é importante monitorar o CAC, ou custo de aquisição de clientes. A métrica sinaliza quanto dinheiro foi gasto para conquistar um consumidor. 

Outro indicador útil nessa fase é o ROI, que significa retorno sobre investimento e aponta quanto dinheiro a empresa conseguiu com cada real investido em marketing.

Para calcular o ROI, subtrai-se da receita da empresa em determinado período o custo com marketing e multiplica-se o resultado por cem —se o valor for maior que 100%, o investimento foi positivo.

Jessica D’lima em sua empresa de cosméticos Flora Fiora, na zona oeste de São Paulo
Jessica D’lima em sua empresa de cosméticos Flora Fiora, na zona oeste de São Paulo - Lucas Seixas/Folhapress

Os indícios de que o investimento foi bom, no entanto, não se resumem às finanças. Entram em cena os KPIs, indicadores estratégicos de performance, como a permanência no ecommerce ou a taxa de rejeição do anúncio. 

“Você consegue entender de onde veio um clique no seu site, de qual canal, e quantos desses cliques se transformaram em alguém que mandou email ou contato”, diz André Siqueira, cofundador da Resultados Digitais, empresa especializada em software para automação de marketing.

Conhecer esses dados ajuda o empreendedor a mudar de estratégia. Ao perceber a queda dos cadastros de email no site da Ágama, sua marca de bolsas, Adriana Costa optou por disponibilizar um link no Instagram para levar o usuário direto ao WhatsApp. 

A aposta nessa rede social deu certo e deixou a comunicação com os consumidores mais dinâmica: é no aplicativo de mensagens que ela tira dúvidas de clientes. Janaína Domingos, que trabalha com costura criativa, também usa o aplicativo.

As redes sociais possuem ferramentas próprias de análise que dão alguns dados. Mas, para mapear palavras mais procuradas em buscadores e a origem dos usuários, é importante utilizar ferramentas gratuitas como Google Trends e Google Analytics, por exemplo.

Jessica D’lima, dona da empresa de cosméticos Flora Fiora, diz comparar sempre a quantidade de usuários que chegam em seu site com o número de compras feitas —a taxa de conversão— e por quais canais chegaram, se foi via pesquisa orgânica ou em anúncios na internet.

Analisando de onde vinham os cliques para sua loja online, descobriu que muitos chegavam de páginas sobre aromaterapia e produtos naturais. Hoje, estuda parcerias com sites para promover a marca.

Além de anunciar, é importante que empresários aprendam a usar os buscadores a seu favor. Formada em marketing, Jessica levou sua experiência em agência de publicidade para o negócio. 

Antes de abrir uma loja física, começou a operar na internet e investiu em SEO (Search Engine Optimization), que significa tornar o site mais atraente para buscadores —assim, crescem as chances de aparecer no topo das pesquisas e aumentam os acessos.

Para ter sua página bem colocada, é preciso investir tanto em conteúdo relevante para o usuário quanto em SEO.

“Ao montar um site, você tem uma parte interna, que diz para o robô Google o nome dessa página e o conteúdo. Se não tiver, ele procura sozinho e não dá os melhores resultados”, diz Robson Martins, fundador da agência YouRocket.

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