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30/10/2012 - 08h27

Após protestos, governo chinês desiste de ampliar petroquímica

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Autoridades da cidade de Ningbo, na China, prometeram ontem suspender a expansão de um complexo petroquímico na região, depois que milhares de manifestantes entraram em confronto com a polícia.

Os protestos começaram na semana passada, quando agricultores bloquearam uma estrada perto da refinaria.

No fim de semana, milhares de estudantes e moradores de classe média da região aderiram à manifestação, dirigindo-se para uma praça no centro da cidade, portando cartazes de protesto e usando máscaras cirúrgicas pintadas com crânio e ossos.

Ng Han Guan/Associated Press
Policiais monitoram movimento de cidadãos em frente à Prefeitura de Ningbo, na China
Policiais monitoram movimento de cidadãos em frente à Prefeitura de Ningbo, na China

No sábado, as manifestações se tornaram violentas, quando a polícia disparou gás lacrimogêneo e deteve mais de 100 pessoas, que foram liberadas no mesmo dia.

O projeto, uma expansão de US$ 8,8 bilhões (R$ 17 bi) de uma refinaria de propriedade da gigante estatal Sinopec, foi apoiado pelo governo local, que tem incentivado uma vasta zona industrial fora de Ningbo, uma cidade de mais de 3 milhões de habitantes na província de Zhejiang.

Os moradores locais reclamam da produção de paraxileno, um petroquímico tóxico usado na fabricação de poliéster. Segundo eles, a concentração de fábricas na região aumentou o índice de pessoas com câncer.

Um breve comunicado divulgado ontem no site do governo informou que as autoridades decidiram cancelar o projeto após uma consulta com os investidores.

Eles também se comprometeram a realizar "verificações científicas" sobre outros elementos do projeto, embora o texto não forneça mais detalhes.

O anúncio parece não ter acalmado os manifestantes. Um morador da região disse ao jornal americano "The New York Times" que está cético em relação à mudança repentina de atitude do governo chinês.

"O anúncio é apenas uma forma de aliviar as tensões", disse Yu Xiaoming, que participou ontem das negociações com as autoridades.

 

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