Incêndio em hospital deixa 37 mortos e centenas de feridos na Coreia do Sul

Crédito: Yonhap via Reuters Grande incêndio atinge hospital em cidade no sudeste da Coreia do Sul
Grande incêndio atinge hospital em cidade no sudeste da Coreia do Sul

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um incêndio em um hospital de Miryang, no sudeste da Coreia do Sul, deixou ao menos 37 mortos e 125 feridos na manhã desta sexta-feira (26).

Segundo comunicado da Agência Nacional de Incêndios, 14 pessoas estão em estado grave. O local não tinha um sistema anti-fogo.

Autoridades disseram à agência Reuters que muitos pacientes tiveram que fugir pelo meio do fogo e da fumaça, já que a porta principal, no primeiro andar, estava em chamas. Outros usaram rampas improvisadas para escapar dos andares mais altos.

No momento do incêndio, 177 pacientes estavam no hospital, a maioria idosos, disse o diretor do local, Song Byeong-cheol.

Por isso, os bombeiros tiveram que carregar pacientes que tinham dificuldade de locomoção. A idade dos mortos varia de 35 a 96 anos, de acordo com uma lista com a identidade de 26 vítimas colocada do lado de fora do hospital —20 delas tinham mais de 70 anos.

Uma casa próxima ao local foi improvisada para atender os familiares dos pacientes e informá-los sobre o que aconteceu.

O fogo começou por volta das 7h30 locais (20h30 de quinta em Brasília) próximo a uma sala de emergência no primeiro andar, disse à televisão local Choi Man-woo, chefe dos bombeiros de Miryang, cidade de 108 mil habitantes que fica a 270 quilômetros da capital Seul.

A principal suspeita é que um curto circuito na sala de emergência tenha dado início ao fogo.

Segundo Choi, a maior parte das vítimas estava nos dois primeiros andares e morreu asfixiada por causa da fumaça. Além de diversos pacientes, já estão confirmadas as mortes de um médico e duas mulheres da equipe de enfermagem.

Em número de mortos, o incêndio desta sexta é o maior na Coreia do Sul desde 2008, quando o fogo em um armazém próximo a Seul deixou 40 mortos.

Em dezembro, um incêndio em um ginásio esportivo deixou outros 29 mortos na cidade de Jecheon e aumentou o debate sobre a segurança contra fogo no país.

Song, diretor do hospital, afirmou que o local não tinha um sistema de sprinkler para combater as chamas porque ele não era obrigatório por lei.

Uma nova regra obriga hospitais do país a terem o mecanismo para impedir a propagação das chamas, mas ela só entra em vigor em junho.

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