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Candidato a prefeito é assassinado no México dois dias antes da eleição

Pleito vai renovar toda a Câmara dos Deputados e trocar metade dos governadores, além de prefeitos e legisladores regionais

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Coatzacoalcos (México) | AFP

Um candidato a prefeito no estado de Veracruz, no leste do México, foi morto a tiros nesta sexta-feira (4) à noite, de acordo com seu partido político. As eleições, que acontecem neste domingo (6), foram precedidas por episódios de violência durante as campanhas.

Mexicanos trabalham na organização das eleições no país na cidade de Juarez
Mexicanos trabalham na organização das eleições na cidade de Juarez - Daniel Becerril/Reuters

Segundo a agência de notícias AFP, o candidato René Tovar estava em casa quando foi atacado com tiros e morreu a caminho do hospital.

"Condenamos veementemente o assassinato de René Tovar, candidato a prefeito de Cazones de Herrera, Veracruz", escreveu Clemente Castañeda, coordenador nacional do partido Movimiento Ciudadano, nas redes sociais.

Neste domingo (6), o México realiza eleições de grandes proporções, em que serão disputados mais de 20 mil cargos —o pleito vai renovar toda a Câmara dos Deputados e trocar metade dos governadores, além de prefeitos e legisladores regionais.

Com a proximidade da eleição, os ataques contra candidatos se multiplicaram. Segundo a consultora privada Etellekt, durante o processo 89 políticos morreram, dos quais 35 eram candidatos a cargos desta eleição.

Na sexta-feira, o governo de Veracruz anunciou que vai mobilizar cerca de 5.200 membros de diferentes forças de segurança para as eleições.

Na quarta-feira (2), Marilú Martínez, candidata à prefeitura de Cutzamala de Pinzón, no estado de Guerrero, no sul do país, foi sequestrada. Seu partido informou posteriormente que ela foi encontrada viva.

No dia 28 de maio, Cipriano Villanueva, candidato a vereador do município de Acapetahua pelo partido Chiapas Unido, foi morto a tiros.

Três dias antes, Alma Barragán, que se candidatou à prefeitura de Moroleón pelo Movimento Cidadão, no estado central de Guanjuato, foi assassinada a tiros durante um ato de campanha em que participava com moradores dessa cidade.

Muitos desses atos de violência estão relacionados à disputa por cargos que significam a manutenção de privilégios e o controle de negócios ilícitos. O México registra mais de 300 mil mortes, segundo dados oficiais. Muitos desses crimes estão ligados à ação de cartéis de narcotráfico.

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