Antígua e Barbuda deve fazer um referendo sobre se tornar uma república após a morte da rainha Elizabeth 2ª, segundo afirmou o primeiro-ministro do país neste domingo (11).
Antígua e Barbuda é um dos 14 países, além do Reino Unido, que tem o monarca britânico, agora Charles 3º, como chefe de Estado.
O primeiro-ministro Gaston Browne disse que um referendo pode acontecer nos próximos três anos, mas que isso "não é um ato de hostilidade". Ele fez o anúncio após cerimônia de confirmação de Charles 3º como chefe de Estado da nação caribenha.
Browne disse que vai promover o referendo se for reeleito no ano que vem, o que é esperado, uma vez que seu partido comanda atualmente 15 dos 17 assentos do Parlamento. Apesar da promessa, ele admitiu que não existe um grande clamor público para que a votação aconteça.
"Acho que a maioria das pessoas nem pensou nisso", disse ele à ITV News.
Também no domingo, a Austrália, outro dos países que tem o monarca britânico como chefe de Estado, descartou um referendo sobre o tema nos próximos quatro anos.
Debate na Austrália
A morte da rainha Elizabeth 2ª reacendeu o debate sobre a monarquia na Austrália.
O primeiro-ministro Anthony Albanese, eleito em maio, é republicano. Mas, em entrevista à Sky News, ele descartou um referendo em seu primeiro mandato e disse que "as grandes questões sobre nossa Constituição não são para o atual período".
"Este é um período no qual estamos compartilhando o pesar que muitos australianos estão sentindo no momento, mostrando nosso respeito profundo e admiração pela contribuição da rainha à Austrália", disse Albanese.
Além do Reino Unidos, Charles 3º se tornou, com a morte da rainha Elizabeth 2ª, chefe de Estado de outros 14 países: Antígua e Barbuda, Austrália, Bahamas, Belize, Canadá, Granada, Jamaica, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, São Cristóvão e Neves, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Ilhas Salomão e Tuvalu.
Mas muitos países estão reconsiderando o papel da monarquia. Browne disse que se seu país se tornar uma república será "o passo final para completar a independência e se tornar uma nação realmente soberana".
No ano passado, Barbados elegeu seu primeiro presidente após o Parlamento votar pela remoção da rainha como chefe de Estado e a transformação do país em república.
Na Jamaica, o atual governo também diz ter o objetivo de realizar um referendo para se transformar em república.
Este texto foi originalmente publicado aqui.
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