Um ataque a tiros ocorrido nesta quarta-feira (6) no campus Universidade de Nevada, em Las Vegas, nos Estados Unidos, deixou ao menos três pessoas mortas, de acordo com a polícia local.
Ainda segundo o órgão, o suposto atirador também está morto. Nas redes sociais, a universidade pediu que aqueles que estavam no local continuassem escondidos. "Esta é uma investigação em curso", disse.
Os primeiros relatos de que um ataque estava em curso surgiram por volta das 12h do horário local (17h em Brasília).
Então, a conta oficial da Universidade de Nevada no X publicou uma mensagem afirmando que a polícia tinha sido mobilizada para lidar com um atirador no local. "Isso não é um teste", dizia a publicação. "Corra, enconda-se, lute."
Ainda segundo a instituição, o atirador estava no prédio onde fica a sua escola de negócios, a cerca de 4 km da principal rua da cidade, a Las Vegas Strip. Também houve relatos de tiros em um diretório acadêmico próximo. A Casa Branca afirmou estar monitorando a situação à distância.
O episódio acontece na cidade que foi cenário para um dos piores massacres da história dos Estados Unidos. Em 1º de outubro de 2017, cerca de 60 pessoas morreram e mais de 400 ficaram feridas em um ataque a tiros a um festival de música country que ocorria na Strip.
O criminoso, Stephen Paddock, 64, usou o arsenal de armas que havia contrabandeado para o interior do hotel e cassino Mandalay Bay para atirar no público do evento a partir da janela do seu quarto, localizado no 32º andar. Quando a polícia invadiu o espaço, cerca de uma hora após o início do ataque, encontrou-o morto.
A motivação do crime nunca foi determinada. Paddock, um jogador de videopôquer conhecido nos cassinos de Las Vegas, morava em Mesquite, a 120 km da cidade turística, e não tinha passagem pela polícia. As autoridades encontraram 23 armas no quarto do hotel, divididas em dez malas, e outras 19 na casa de Paddock em Mesquite.
A ONG Gun Violence Archive, que há dez anos acompanha a violência armada nos EUA, registrou ao menos 630 ataques a tiros no país neste ano.
Sempre que ocorrem episódios do tipo, volta ao debate público a discussão sobre a facilidade de acesso a armas de fogo na nação. O tema divide a sociedade americana, tanto eleitores como políticos: republicanos defendem restrições mínimas à compra e à posse de armas, enquanto democratas apoiam aumentar o controle.
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