Descrição de chapéu oriente médio

Apreensão sobre paradeiro do presidente domina TV estatal e redes sociais no Irã

Helicóptero com Ebrahim Raisi fez 'pouso difícil' em região montanhosa; não há informações sobre mortos ou feridos

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Teerã | AFP

Especulações sobre o paradeiro do presidente Ebrahim Raisi, 63, tomaram conta do Irã neste domingo (19), enquanto prosseguiam as buscas ao helicóptero em que ele viajava e que teve um incidente em uma região montanhosa no nordeste do país. A aeronave precisou fazer um "pouso difícil", segundo o Ministério do Interior iraniano.

Em imagens divulgadas pela TV estatal, Raisi aparece no interior do helicóptero com sua comitiva.

Canais de TV mudaram a programação para acompanhar os trabalhos de resgate, alternando entre imagens das buscas, que aconteciam em meio a uma neblina densa, e de fiéis que rezavam em mesquitas, principalmente na cidade sagrada de Mashhad, onde Raisi nasceu.

As emissoras de televisão também exibiam imagens gravadas pela manhã, que mostravam o presidente inaugurando uma barragem na fronteira com o Azerbaijão.

Pessoas se reúnem para orar pelo presidente Ebrahim Raisi em Teerã, a capital do Irã - - Arash Khamooshi - 19.mai.24/The New York Times

No centro de Teerã, o trabalhador do setor privado Hadi, 37, disse à AFP que estava "profundamente entristecido" com o acontecimento. "Desejamos que Raisi e seus colegas sejam encontrados com boa saúde."

O ministro do Interior, Ahmad Vahidi, explicou que a longa espera se deve à dificuldade nas buscas, que acontecem "em uma área muito íngreme e arborizada, sob forte chuva e com visibilidade reduzida". "Esperamos, com as orações, conseguir chegar ao local do acidente o quanto antes", acrescentou Vahidi.

O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, pediu que a população reze. "O povo iraniano não deve se preocupar, não haverá nenhuma perturbação."

Nas redes sociais, o incidente se tornou o principal assunto das conversas. O ministro do Interior iraniano, no entanto, pediu que a população se informe "apenas por meio da TV" estatal.

"As pessoas não devem ouvir as informações divulgadas pelas redes, nós iremos mantê-los a par de todas as novidades pela TV", disse Vahidi, referindo-se às redes que transmitem do exterior, como a BBC Farsi e a Iran International.

A jornalista Vakili, 29, afirmou que sente medo. "É uma sensação estranha, que já tivemos com Qassem Suleimani", disse, referindo-se à comoção causada em 2020 pela morte do general e então comandante militar do Irã em ataque dos Estados Unidos. "Espero que ele esteja bem e que o encontrem."

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