Descrição de chapéu oriente médio

Ataque aéreo atribuído a Israel mata general iraniano na Síria e eleva tensão

Saeed Abyar, membro da Força Quds do Irã, estava em Damasco desde 2012 como conselheiro do regime de Bashar al-Assad

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Nova York | The New York Times

Ataques aéreos atribuídos a Israel perto de Aleppo, na Síria, mataram um general da Guarda Revolucionária do Irã na segunda-feira (3). Ele foi enviado ao país como conselheiro, de acordo com relatos da mídia iraniana. Nenhuma autoridade israelense havia comentado até a tarde desta terça (4).

A vítima foi identificada como Saeed Abyar pela agência de notícias Tasnim, um veículo de mídia afiliado à Guarda Revolucionária. Ele seria o primeiro iraniano morto por forças de Tel Aviv desde a tensão ocorrida em abril, quando Israel bombardeou a embaixada do Irã em Damasco e Teerã retaliou alguns dias depois, com uma ofensiva de cerca de 300 drones e mísseis balísticos lançados em direção ao território israelense.

Um homem posa para uma fotografia com um semblante tranquilo, enquanto ao fundo, a vida noturna fervilha em um ambiente festivo iluminado por luzes coloridas e adornado com estruturas arquitetônicas tradicionais. Pessoas transitam ao fundo, algumas em trajes típicos.
O general iraniano Saeed Abyar foi morto após um ataque aéreo de Israel, segundo a mídia local - @OSINTdefender no X

Desde então, no entanto, ambos recuaram de confrontos diretos, sob intensa pressão internacional para não deflagrarem uma guerra regional. Os iranianos estão agora envolvidos em uma crise de liderança doméstica, tornando uma nova onda de ataques a Israel pouco provável.

Há duas semanas, a morte repentina do presidente Ebrahim Raisi e do ministro das Relações Exteriores, Hossein Amirabdollahian, em uma queda de helicóptero, pôs o país sob incerteza política. Haverá eleição presidencial em 28 de junho.

A Tasnim publicou uma fotografia que seria do general Abyar, vestido de preto, diante de um santuário xiita. Seu caixão, envolto pela bandeira iraniana, foi levado ao santuário de Sayyida Zaynab em Damasco, segundo imagens que circularam nas redes sociais.

Abyar era membro da Força Quds do Irã, um ramo da Guarda Revolucionária que opera principalmente em outros países. Ele estava na Síria desde 2012, quando foi enviado para ajudar o regime de Bashar al-Assad a combater rebeldes e terroristas do Estado Islâmico, em uma guerra civil que perdura até hoje, com diferente intensidade ao longo dos anos.

A Força Quds tem usado a Síria como quartel-general regional para coordenar e armar grupos como o Hezbollah, do Líbano, e o Hamas, em Gaza.

A Tasnim relatou vários alvos atacados nos arredores de Aleppo durante a noite de domingo e a manhã de segunda-feira, matando 17 pessoas e ferindo 15. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, sediado no Reino Unido , disse que entre os mortos estavam iraquianos, sírios e membros do Hezbollah. O alvo parecia ser uma fábrica de cobre e um depósito de armas, disse a entidade.

O ministro interino das Relações Exteriores do Irã, Ali Bagheri Kani, um linha-dura com laços estreitos com as milícias regionais, visitou Beirute na segunda-feira. Ele disse, em entrevista coletiva, que Israel era uma fonte de instabilidade na região.

Segundo Kani, que liderou a delegação do Irã em várias rodadas de conversas secretas com os Estados Unidos em Omã, Teerã e Washington continuaram trocando mensagens por canais diplomáticos após a morte de Raisi.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.