Manifestantes pró-Palestina cercam Casa Branca para pedir fim da guerra em Gaza

Medidas de segurança foram tomadas um dia antes, incluindo cercas ao redor da residência oficial do presidente dos EUA

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São Paulo

Ativistas pró-Palestina exigindo o fim da guerra na Faixa de Gaza e do apoio americano a Israel começaram a cercar a Casa Branca, em Washington, nos Estados Unidos, neste sábado (8). A intenção dos manifestantes, também, é lembrar os oito meses do início do conflito entre Israel e Hamas.

Medidas de segurança adicionais começaram a ser tomadas um dia antes, na sexta-feira (7), incluindo cercas ao redor da residência oficial do presidente dos EUA, Joe Biden, que atualmente está em uma série de compromissos na França.

Um grupo de manifestantes se reúne em frente à Casa Branca, com um indivíduo em primeiro plano segurando uma bandeira palestina. Cartazes com mensagens de protesto contra ações de Israel são visíveis, enquanto turistas e outros manifestantes se misturam ao fundo, sob um céu claro.
Manifestante agita bandeira da Palestina enquanto protesta perto da Casa Branca, em Washington, na capital dos Estados Unidos, contra as ações de Israel em Gaza - Mandel Ngan - 8.jun.24/AFP

De acordo com os organizadores do protesto, a ideia ao cercar a Casa Branca vestindo vermelho é lembrar a reação do presidente americano após o ataque israelense a Rafah que matou dezenas de palestinos em acampamento de deslocados.

Na ocasião, Biden disse que Israel não ultrapassou a "linha vermelha" traçada pelos EUA para suspender o envio de armas ao país em guerra.

O presidente americano até chegou a pausar o envio de um carregamento de bombas para Israel, segundo anúncio feito no início de maio, para evitar que armas americanas fossem usadas em um possível ataque à cidade de Rafah, para onde mais de 1 milhão de moradores na Faixa de Gaza se deslocaram. O apoio militar de Washington a Tel Aviv, no entanto, segue intacto.

A manifestação de sábado foi organizada por grupos de defesa e ativistas como Codepink e o Conselho de Relações Islâmico-Americanas.

Uma multidão de manifestantes alinha-se ao longo de um caminho pavimentado, segurando uma longa faixa vermelha e bandeiras, em um dia claro e ensolarado. A energia do grupo é palpável enquanto eles defendem sua causa com determinação e unidade, sob um céu azul e entre a arquitetura moderna da cidade.
Manifestantes fazem linha vermelha perto da Casa Branca para lembrar comentários do presidente Joe Biden que Israel 'não ultrapassou a linha vermelha' em ataque a Rafah com dezenas de mortos - Andrew Thomas - 8.jun.24/AFP

Os Estados Unidos, principal aliado de Israel, têm visto meses de protestos pró-Palestina que vão desde marchas em Washington e vigílias perto da Casa Branca até o bloqueio de pontes e estradas perto de estações de trem e aeroportos em várias cidades e acampamentos em muitos campi universitários.

"Em preparação para os eventos deste fim de semana em Washington, que têm potencial para reunir grandes multidões, medidas adicionais de segurança pública foram implementadas perto do complexo da Casa Branca", disse um porta-voz do Serviço Secreto dos EUA.

As forças de Israel resgataram quatro reféns vivos na área central da Faixa de Gaza, neste sábado (8). Moradores locais relataram que, na mesma região, houve uma série de ataques aéreos que deixou dezenas de mortes.

Os quatro reféns resgatados, três homens e uma mulher, haviam sido sequestrados pelo grupo terrorista Hamas em um festival de música no sul de Israel em 7 de outubro. Segundo os militares israelenses, eles estão com boa saúde.

Biden prometeu que Washington trabalharia até que "todos os reféns israelenses" fossem liberados e se registrasse um acordo para um cessar-fogo. Os esforços diplomáticos para isso, porém, continuam estancados.

O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, viajará na próxima semana para Israel, Egito, Qatar e Jordânia para tentar impulsionar as conversas, anunciou Washington.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, ligado ao Hamas, houve 36.801 mortes no território desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, além de 83.680 feridos.

Com Reuters e AFP

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