Os centros de votação abriram nesta quinta-feira (4) no Reino Unido para as eleições legislativas que devem marcar o fim de 14 anos de governos do Partido Conservador e o retorno do Partido Trabalhista ao poder.
Os eleitores devem escolher 650 deputados da Câmara dos Comuns. Os centros de votação abriram às 7h locais (3h em Brasília) e fecharão às 22h (18h). Nesse horário devem sair as primeiras pesquisas de boca de urna, com o provável anúncio da vitória da oposição. A apuração dos distritos eleitorais deve se estender por toda a madrugada e início da manhã de sexta-feira (5).
O líder trabalhista, Keir Starmer, é favorito para se tornar premiê e encerrar o ciclo de governos conservadores, iniciado em 2010, com David Cameron. Seu partido prevê a conquista de até 350 das 650 cadeiras, o que lhes daria uma margem confortável para controlar a Casa. Ao lado da esposa, Victoria, Starmer compareceu para votar no início da manhã em uma zona eleitoral de Londres.
"O Reino Unido pode iniciar um novo capítulo hoje", disse o líder em nota. "Não podemos nos dar ao luxo de passar mais cinco anos sob os conservadores. Mas a mudança só acontecerá se você votar no Partido Trabalhista."
Milionários que eram grandes doadores conservadores migraram para os trabalhistas; o músico Elton John, em vídeo ao lado de seu marido, David Furnish, foi uma entre várias celebridades que declararam apoio; e até os jornais Sunday Times e The Sun, de propriedade de Rupert Murdoch e com longo histórico de apoio aos conservadores, agora estão do outro lado. Antes, Daily Mirror, Guardian e Independent já haviam anunciado apoio a Starmer.
Também pela manhã, o atual premiê, o conservador Rishi Sunak, e a mulher dele, Akshata, votaram em uma zona eleitoral na área rural do distrito de Richmond e Northallerton, no norte da Inglaterra.
O premiê deixou o local sem falar com a imprensa. Nas redes sociais, no entanto, publicou uma série de apelos aos eleitores, dizendo que a oposição aumentaria os impostos, prejudicaria a recuperação econômica e deixaria o Reino Unido mais vulnerável em um momento de instabilidade geopolítica —o que os trabalhistas rechaçam.
Sunak corre o risco de se tornar o primeiro líder britânico a não ser eleito na Câmara dos Comuns em seu distrito.
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