Descrição de chapéu Eleições na Venezuela

Líder opositora denuncia invasão armada a sua sede de campanha em Caracas

Partido de María Corina Machado diz que homens armados dominaram seguranças, picharam paredes e levaram equipamentos e documentos

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Caracas

O partido da líder opositora María Corina Machado, o Vamos Venezuela, afirmou nesta sexta-feira (2) que a sede da legenda na capital Caracas foi invadida por homens armados durante a madrugada que dominaram os seguranças do espaço, picharam as paredes, levaram equipamentos e documentos.

A casa, localizada na região de Altamira, era de conhecimento comum. Nas últimas semanas, reuniu não apenas os chefes dos partidos da coalizão como também militares e membros da imprensa nacional e internacional que estavam em Caracas para acompanhar a eleição presidencial e eram chamados a entrevistas coletivas e informes, algo comum em coberturas jornalísticas de campanhas políticas.

"Denunciamos a ameaça e a insegurança às quais estamos submetidos por razões políticas e alertamos o muno sobre a proteção de nossos membros", escreveu na rede X o Vente Venezuela.

Nesta quinta (1º) María Corina anunciou que poderia ser detida a qualquer momento e que estava reclusa. Membros da campanha dizem que ela e o candidato Edmundo González estão "resguardados". As informações de onde se encontram não são divulgadas.

A Venezuela vive dias de tensão após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciar que o ditador Nicolás Maduro teria sido reeleito com 51,2% dos votos, ante 44,2% para González, com apenas 80% da autoria feita. Os dados desagregados, que permitem ver as cifras por mesa de votação e checar sua veracidade com as atas que possuem as testemunhas daquele centro, não foram até aqui divulgados.

A oposição afirma que houve fraude e que tem atas suficientes para mostrar que venceu. A coalizão reuniu as atas físicas que tem (seriam mais de 80%) e as divulgou em uma plataforma online.

Países como o Brasil pressionam para que haja a divulgação dos dados desagregados e uma verificação independente dos números. Já países como os Estados Unidos afirmam que Edmundo González foi o eleito.

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