Descrição de chapéu Eleições na Venezuela

Organização de mulheres pede soltura de opositora que filmou própria detenção na Venezuela

María Oropeza foi capturada dentro de sua casa sem justificativa ou premissas legais, diz Lola Brasil

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São Paulo

A divisão brasileira do grupo Lola (sigla em inglês para Aliança das Mulheres pela Liberdade) recorreu à CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) pela soltura da venezuelana María Oropeza, opositora ao regime do ditador Nicolás Maduro que foi presa na última terça-feira (6).

Oropeza é advogada e atuou como chefe regional na campanha de adversários de Maduro —ela trabalha ao lado de María Corina Machado, a principal líder opositora, desde seus 16 anos. Durante a corrida eleitoral, foi uma das principais vozes contra a manutenção do ditador no poder.

A imagem mostra duas mulheres sorrindo uma para a outra. A mulher à esquerda está vestindo uma camisa branca de manga longa e calças escuras, enquanto a mulher à direita usa uma blusa colorida com listras em amarelo, preto e rosa. O fundo é uma parede clara com um quadro e uma garrafa de água visível
María Corina Machado (à esq.), ao lado de María Oropeza, detida em sua casa na Venezuela - María Oropeza no Facebook

A advogada também é líder da organização Lola em Portuguesa, província venezuelana onde foi detida. O grupo afirma que a prisão ocorreu sem justificativa ou premissas legais.

De acordo com o escritório da Lola no Brasil, desde a noite de terça, os familiares de María Oropeza não têm notícias de sua situação, com exceção de um vídeo apontado como intimidador e divulgado pela DGCIM (Direção de Contrainteligência Militar), responsável pela prisão.

Anne Dias, presidente da Lola no Brasil, disse que a organização decidiu recorrer à CIDH porque a prisão de María Oropeza representa uma "clara violação dos direitos humanos". Ela pede que medidas urgentes sejam tomadas para garantir a liberdade e a segurança da advogada.

A advogada transmitiu sua prisão ao vivo em seu perfil numa rede social. No vídeo, é possível ver agentes da DGCIM quebrando o portão e entrando no local onde ela estava.

Até a manhã desta sexta-feira, a detenção da advogada se somava as 1.263 prisões feitas desde o dia seguinte à eleição, que ocorreu no último dia 28. O número foi apurado pela ONG Foro Penal, que acompanha a situação de presos políticos na Venezuela. Segundo o ditador Nicolás Maduro, o número de detidos passa de 2.000.

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