Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
30/07/2010 - 10h29

Incêndio florestal deixa ao menos 20 mortos na Rússia

Publicidade

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Incêndios florestais mataram ao menos 20 pessoas e forçaram a retirada de milhares de pessoas no verão mais quente e seco desde que os registros oficiais começaram, há 130 anos.

O número de mortos pode aumentar e a agência de notícias Reuters, que cita autoridades locais, fala em ao menos 23 vítimas.

Atiçados por fortes ventos, os incêndios devastam florestas e campos há semanas e incineram centenas de casas de madeira.

Mikhail Voskresensky /Reuters
Homem senta no chão enquanto chamas consomem uma casa na cidade de Vyksa, na Rússia; 20 morreram
Homem senta no chão enquanto chamas consomem uma casa na cidade de Vyksa, na Rússia; 20 morreram

"Nós não sabemos para onde ir", disse Galina Shibanova, 52, do lado de fora de sua casa, uma das centenas afetadas pelas chamas em Maslovka, na região Voronezh, cerca de 500 km (300 milhas) ao sul de Moscou.

"Chamamos os serviços de emergência e nenhuma pessoa atendeu o telefone", disse Shibanova, com um crucifixo de ouro no pescoço refletindo as chamas nas proximidades.

A ministra da Saúde, Tatyana Golikova, disse que 439 pessoas ficaram feridas apenas em Voronezh. Destas, 43 foram internadas em estado grave.

A Rússia tem sofrido com uma sufocante onda de calor desde junho, verão no hemisfério Norte. As altas temperaturas e consequentes incêndios destruíram plantações e levaram milhares de agricultores à beira da falência.

A seca em algumas regiões da Rússia, um dos principais exportadores do mundo maior de trigo, elevou os preços mundiais para níveis recordes em julho.

O Ministério de Emergências disse que 238 mil pessoas foram mobilizadas para combater os incêndios florestais e em turfas em uma área de 866 km quadrados --o tamanho de Berlim.

O primeiro-ministro Vladimir Putin cancelou as reuniões em Moscou para voar para a região de Nizhny Novgorod, onde pelo menos 540 casas foram destruídas.

O primeiro-ministro Vladimir Putin viajou à região de Nijni Novgorod e se reuniu com os habitantes de uma aldeia de mais de 300 casas que foram totalmente destruídas pelo fogo.

Sergei Karpukhin/Reuters
Soldado caminha por floresta consumida por incêndio florestal; clima quente e seco alimenta chamas
Soldado caminha por floresta consumida por incêndio florestal; clima quente e seco alimenta chamas

A televisão estatal mostrou mulheres cercando o primeiro-ministro, em busca de respostas sobre ajuda do governo para reconstruir suas casas. "Não se preocupem, não se preocupem", disse Putin. "Eu prometo que sua vila vai ser inteiramente reconstruída".

Uma das mulheres agradeceu a Putin, que a abraçou e deu um beijo em sua bochecha.

Ele prometeu ainda indenizar com 200 mil rublos (R$ 11.600) cada um dos habitantes, segundo a agência de notícias russa ITAR-TASS.

Já o presidente Dmitri Medvedev pediu ao governo que tome medidas urgentes para lutar contra os focos de incêndio.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página