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09/08/2010 - 11h19

Em meio a incêndios, Rússia decreta estado de emergência em depósito nuclear

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Castigada por uma onda de incêndios que já deixou ao menos 52 mortos, a Rússia decretou nesta segunda-feira o estado de emergência na região dos montes Urais, onde há um centro de tratamento e armazenamento de resíduos nucleares.

"O chefe da administração decretou em 6 de agosto o estado de emergência nas florestas e parques da cidade de Ozersk (onde se encontra o complexo nuclear) por causa da propagação dos incêndios", informou um comunicado das instalações do governo publicado nesta segunda-feira.

O chefe da administração local, Viktor Trofimchuk, "presidirá em 10 de agosto uma reunião de emergência para coordenar as tarefas dos serviços envolvidos", segundo o comunicado.

O centro de processamento de resíduos fica na região de Cheliabinsk, nos Urais, a 2.000 km a leste de Moscou.

SAROV

Ainda no sábado (7), soldados do Exército russo cavaram um canal de oito quilômetros de largura para evitar que os incêndios florestais causados por uma forte onda de calor cheguem a um complexo nuclear.

Os incêndios, que fizeram aumentar a poluição local em seis vezes, levaram autoridades de tráfego aéreo a redirecionar voos em torno da região de Moscou e os moscovitas acabaram forçados a usar máscaras para evitar o ar contaminado.

Autoridades afirmam que áreas residenciais e comerciais de Moscou estão protegidas. A preocupação agora é impedir que o fogo chegue à instalação de armas nucleares de Sarov, região rodeada por bosques a 350 quilômetros de Moscou.

O Ministério de Emergências afirmou que a situação havia se estabilizado e que todo material radioativo foi retirado de lá.

Sarov fica num complexo nuclear que produziu a primeira bomba atômica soviética em 1949. Ainda hoje é o principal centro russo de produção nuclear.

A previsão dos meteorologistas é de que a fumaça, que chega até mesmo nas estações subterrâneas de metrô, continue até a próxima quarta-feira. As temperaturas continuam subindo acima dos 36 graus Celsius, já tendo quebrado por duas vezes o recorde de 130 anos.

As autoridades pedem que os moscovitas permaneçam dentro de casa diante dos níveis perigosos de monóxido de carbono e partículas no ar.

Com a baixa visibilidade, o tráfego aéreo foi transferido para o aeroporto de Sheremetyevo, no norte da cidade, onde a fumaça ainda não é tão densa.

 

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