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12/02/2011 - 08h08

Paquistão emite ordem de prisão contra ex-ditador Musharraf

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um tribunal paquistanês emitiu neste sábado uma ordem de detenção contra o ex-ditador Pervez Musharraf (1999-2008), que está no exílio, por envolvimento no assassinato da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, em 2007.

A juíza Rana Nisar Ahmad, da Corte de Rawalpindi, também ordenou que Musharraf compareça à audiência no próximo dia 19 de fevereiro.

Bhutto foi morta em 27 de dezembro de 2007, em um atentado suicida durante um comício eleitoral em Rawalpindi. Muitos de seus apoiadores acusam Musharraf de não fazer o suficiente para protegê-la.

Musharraf deixou o Paquistão há mais de dois anos e vive em exílio em Londres, no Reino Unido. Seu porta-voz Saif Ali Khan disse a um canal de TV que Musharraf vai à corte se defender "no momento apropriado".

A ordem de detenção foi decretada após a juíza receber a lista de acusações da Agência de Investigação Federal (FIA), informaram as emissoras de televisão paquistanesas.

No documento, a FIA declara Musharraf como fugitivo e o acusa de não ter protegido a vida de Bhutto. O texto cita o ex-chefe da Polícia de Rawalpindi Saud Aziz, preso desde dezembro por negligência, que diz que Musharraf era o responsável pela segurança da ex-premiê durante o comício.

O advogado de Musharraf pode comparecer a uma corte superior para pedir a liberdade mediante pagamento de fiança. Caso contrário, o ex-ditador será detido se voltar ao Paquistão.

O ex-general viaja com frequência para conferências, além de ter fundado um novo partido e ter deixado clara sua intenção em retornar ao Paquistão.

A comissão da ONU que investigou a morte da líder do Partido Popular (PPP) responsabilizou, em abril do ano passado, o regime de Musharraf por não ter lhe oferecido a segurança adequada e acusou as autoridades de terem feito a investigação do caso fracassar de forma "deliberada".

O relatório da ONU denunciou que a polícia de Rawalpindi infligiu "danos irreparáveis à investigação" ao molhar o local do crime e não conservar as provas físicas que se encontravam no lugar.

O governo de Musharraf acusou os militantes do grupo islâmico Taleban pelo assassinato de Bhutto.

 

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