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16/05/2011 - 19h06

Antes de ir aos EUA, premiê de Israel reitera condições para paz

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DO "NEW YORK TIMES"

Dias antes de realizar uma visita aos EUA, o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, reiterou nesta segunda-feira que seu governo não participará de negociações de paz com os palestinos que incluam o grupo radical islâmico Hamas.

Netanyahu deve se encontrar na próxima sexta-feira com o presidente Barack Obama na Casa Branca. No domingo, está previsto um encontro com apoiadores americanos de Israel e, na terça, uma reunião no Congresso dos EUA.

"Um governo no qual metade dos seus membros declara intenção de destruir o Estado de Israel não é um parceiro para a paz", afirmou o premiê em pronunciamento ao Parlamento israelense, em referência ao recente acordo entre Hamas e o laico Fatah para a formação de um governo de unidade nacional.

As declarações de Netanyahu ocorrem um dia depois de uma inédita marcha de refugiados palestinos em direção às fronteiras de Israel para marcar o "nakba" (catástrofe), a data da criação do país em 1948, resultando na expulsão de mais de 700 mil pessoas do seu território. Ao menos 16 palestinos foram mortos no episódio.

Autoridades israelenses temem que o marcha seja um prenúncio de ações futuras de palestinos ainda neste ano. Críticos ainda questionaram o suposto despreparo das forças israelenses para conter o movimento.

CONDIÇÕES

Netanyahu ainda reforçou suas condições para a eventual criação de um Estado palestino, dizendo aceitar ceder grande parte da Cisjordânia, mas mantendo posições consideradas inaceitáveis pelas autoridades palestinas.

Entre elas estão a desmilitarização do futuro país, a manutenção de colônias na Cisjordânia, o reconhecimento de Israel como um Estado do povo judeu e a resolução dos refugiados palestinos (hoje cerca de 4,5 milhões de pessoas) nas fronteiras do que vier a ser a Palestina.

Líderes palestinos, no entanto, exigem o retorno de Israel às fronteiras de 1967 (saída da Cisjordânia), o estabelecimento de Jerusalém Oriental como sua capital. Diante do impasse de mais de dois anos nas negociações, o Fatah e o Hamas planejam buscar o reconhecimento do Estado palestino na ONU em setembro.

Também nesta segunda, Israel anunciou a liberação dos fundos palestinos que havia congelado em protesto contra o acordo firmado entre o Fatah --que controla a Cisjordânia-- e o Hamas --que governa a faixa de Gaza. Mas exigiu garantias de que os recursos não irão para as mãos do grupo islâmico.

 

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