Eleições
Gostaria de parabenizar a Folha pelo excelente editorial "Provocação barata". Muito coerente. Uma excelente contribuição para o debate democrático. E, por coerência, sugiro ao Datafolha e à própria Folha que excluam o fator "Lula" das próximas pesquisas eleitorais e das futuras reportagens sobre candidaturas. Não faz sentido continuar mencionando um cidadão condenado em segunda instância e que ficará fora da disputa eleitoral, conforme as regras vigentes.
Francisco Gorgônio Nobrega Costa (Florianópolis, SC)
André Singer cita, em "Lula contra a corrente", a escolha de Ana Amélia (PP) como vice de Alckmin e as alianças do candidato como "campo da direita". Podemos deduzir que fomos governados durante 13 anos pelo "campo da direita", já que os aliados são os mesmos de Dilma e Lula.
José Loiola Carneiro (São Paulo, SP)
Não votarei no Geraldo Alckmin, mas reconheço que ele foi o grande vencedor nas primeiras coligações. A meu ver, estará no segundo turno, se houver.
Weimar Angelo Furquim Donini (Florianópolis, SC)
Com Lula inelegível, esta aliança [Alckmin e Ana Amélia] praticamente está com a eleição ganha. E infelizmente tudo continuará como está, com os mesmos privilegiados e o país cada vez mais desigual. Todo mundo fala em mudança, mas ninguém quer mudar.
Talvanio José de Oliveira (Varginha, MG)
Enquanto não tivermos o voto distrital, no qual o eleito presta contas para o distrito que o elegeu independentemente do seu partido, legendas cumprirão seu papel de eleger seus compadrios pelo coeficiente eleitoral ("Democracia confusa"). Voto "proporcional" é só um nome bonito para dizer que foram eleitos democraticamente.
Cláudio Maria Camuzzo Júnior (Campinas, SP)
Ciro Gomes (PDT) está de cabeça quente. Se esfriá-la e pensar um pouco, verá que é bom negócio aceitar ser vice de Lula. Caso o ex-presidente tenha sua candidatura vetada pelo TSE, ele assume a cabeça de chapa e chama o Fernando Haddad para ser vice.
Jorge Luiz Padilha (Belo Horizonte, MG)
Aécio Neves é só mais um candidato moralmente inelegível que entra no grupo daqueles que não deveriam ser eleitos, independentemente do cargo almejado.
Pierre Bernstein (Vinhedo, SP)
Não há densidade eleitoral em Manuela D'Ávila (PC do B) e os poucos votos que ela agrega já são votos certos do PT em um segundo turno. Aliança é para agregar votos, não para fazer bonito.
Édison Gonçalves (São Paulo, SP)
Ministério Público
O artigo de Demétrio Magnoli "Cancellier, eu e você" recupera uma página importante do abuso do Ministério Público, mas deixa de registrar dois fatos relevantes e que certamente servirão para agravar, como no meu caso, o sofrimento da família. A punição do procurador Luiz Francisco não foi cumprida face à prescrição. Além disso, a ação de reparação de danos que ajuizei aguarda há 15 anos a decisão ainda em primeira instância.
Eduardo Jorge Caldas Pereira, ex-secretário-geral da Presidência da República (Rio de Janeiro, RJ)
Projetos educacionais
Concordo plenamente com Claudia Costin. Antes de adotarmos um projeto, em especial em educação, devemos verificar se trazem bons resultados. Infelizmente, além das orientações no setor virem de cima para baixo, sem consultas aos educadores, o que tem sido adotado há anos são experiências educacionais aplicadas em outros países e que, em muitos casos, não tiveram êxito justamente por não levarem em conta hábitos, valores, tradições e princípios que regem a sociedade.
Aurea Roberto de Lima (São Paulo, SP)
Caminhoneiros
O alto custo do frete não se deve aos caminhoneiros autônomos. Os ganhos deles são suados e muitas vezes menores do que suas necessidades. E não hão nenhum tipo de proteção à categoria. A solução do problema passa pela melhora econômica.
Dilson Gadioli (Santos, SP)
Os caminhoneiros se esqueceram de que o agronegócio é fortíssimo. Se quiser, ele opera com caminhões próprios e não vai depender dos autônomos. Forçaram a barra e o tiro está saindo pela culatra.
Milton Nauata (Campinas, SP)
Aborto
Se você é contra o aborto, ajude uma mulher com gravidez indesejada e sem apoio do pai da criança e da própria família. Dê um emprego para ela. Auxilie a mãe a terminar os estudos, cuidando do filho dela. É fácil falar não ao aborto ("A culpa é sempre da mulher").
Eduardo Mammini (São Paulo, SP)
O aborto é cruel e perverso, não importa o motivo. O STF não é a instância de discussão desse assunto. A corte jamais deveria se imiscuir em assuntos cuja responsabilidade é do Congresso. O Supremo deve interpretar a lei, não criá-la.
Ricardo Villas (São Paulo, SP)
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