PF mira magistrados suspeitos de vender sentenças em Goiás

Dois desembargadores e um juiz estão entre os alvos da operação

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Recife

A Polícia Federal cumpriu na manhã desta terça-feira (30) oito mandados de busca e apreensão em endereços de empresários, advogados e magistrados do TJ-GO (Tribunal de Justiça de Goiás) suspeitos de envolvimento em esquema de venda de sentenças judiciais.

A Procuradoria da República em Goiás informou que os policiais federais também recolheram documentos em uma empresa ligada aos envolvidos. Dois desembargadores e um juiz estão entre os alvos da operação.

A investigação corre em segredo de Justiça. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.

As ordens judiciais foram determinadas pelo ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Mauro Campbell.

Sede do Tribunal de Justiça de Goiás
Sede do Tribunal de Justiça de Goiás - Reprodução/Google

A operação desta terça-feira, conforme a assessoria de comunicação social da PGR (Procuradoria-Geral da República), é um desdobramento da operação Máfia das Falências, que havia sido iniciada em primeira instância.

A descoberta de indícios de participação de magistrados com prerrogativa de foro no STJ fez com que as investigações passassem a ser conduzidas pela PGR.

Há indícios de crimes de corrupção, tráfico de influência, exploração de prestígio, advocacia administrativa e lavagem de dinheiro.

Os dois desembargadores e um juiz do TJ-GO são investigados por suspeita de participação de organização criminosa envolvida com a venda de decisões judiciais em processos de recuperação judicial de empresas.

A PGR comunicou que, na petição enviada ao STJ, a subprocuradora-geral da República Lindora Araujo descreve dois fatos criminosos.

Um deles estaria relacionado à tentativa de nomeação de administrador específico para atuar no processo de recuperação judicial de uma usina de álcool para a obtenção de lucros.

Outro possível crime envolve o pagamento de R$ 800 mil a um desembargador para que fosse autorizado o retorno de investigado ao cargo de administrador judicial da usina.

Durante o cumprimento dos mandados judiciais, foram apreendidos documentos e aparelhos de celulares que estavam em poder dos investigados.

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