CGU investiga se registro de vacina de Bolsonaro é verdadeiro, diz ministro

Vinicius de Carvalho diz ter aberto sindicância sobre possível adulteração do documento

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São Paulo | UOL

O ministro Vinícius de Carvalho, da CGU (Controladoria-Geral da União), disse à CNN Brasil nesta sexta-feira (17) que há um registro de vacina contra a Covid-19 no cartão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A Controladoria, no entanto, investiga se a anotação é verdadeira.

Carvalho afirmou que existe o registro de uma dose da vacina aplicada no ex-presidente —ele teria recebido o imunizante da Janssen em 19 de setembro de 2021— mas ressaltou que não pode confirmar a veracidade da anotação.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em evento no resort de seu aliado, o ex-presidente americano Donald Trump, em Miami, na Flórida (EUA)
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em evento no resort de seu aliado, o ex-presidente americano Donald Trump, em Miami, na Flórida (EUA) - Chandan Khanna - 8.fev.22/AFP

"A partir de uma denúncia de que havia uma possível adulteração no cartão de vacina, porque hackers teriam tentado adulterar o cartão, o então ministro da CGU abriu essa investigação, no dia 30 de dezembro. Tomamos posse tendo que analisar os recursos para acessar o cartão de vacina do presidente", falou Carvalho.

O ministro afirmou também: "Ele [Bolsonaro] sempre disse que ele não se vacinou. Se há anotações no cartão de vacina dele no DataSUS que ele se vacinou e se houver uma inserção indevida, seja no sentido de colocar informações de que ele se vacinou ou no sentido de retirar informações, a nossa expectativa é que com apuração a gente descubra se isso aconteceu".

"Eu me sinto responsável em não passar uma informação para sociedade brasileira que não tenha sido alvo de uma investigação, já que ela existe", concluiu o ministro.

Quebra de sigilo

Bolsonaro teve postura anticiência e diversas vezes falou contra as vacinas contra a Covid-19. Segundo o então mandatário, ele nunca se imunizou contra a doença. Apesar disso, o político do PL impôs sigilo em seu cartão de vacinação, algo que a CGU tenta reverter.

A Controladoria irá quebrar, nas próximas semanas, o sigilo imposto em 234 casos estabelecidos pelo ex-presidente, incluindo a sindicância do Exército sobre o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, hoje deputado federal pelo Rio de Janeiro, na mesma sigla de Bolsonaro.

Na quinta-feira (16), em meio a tentativa de quebrar o sigilo do cartão de vacina do ex-chefe do Executivo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Janja da Silva, a primeira-dama, divulgaram seus comprovantes de imunização.

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