Fazendeiro do Pará suspeito de ameaçar Lula com um tiro é solto

OUTRO LADO: Defesa de Arilson Strapasson afirma que fazendeiro "fez um comentário, mas não em tom de ameaça"; Lula passa fim de semana em Santarém (PA)

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Rio de Janeiro

A Justiça Federal do Pará concedeu na sexta-feira (4) liberdade provisória ao fazendeiro Arilson Strapasson, suspeito de afirmar que daria um tiro no presidente Lula (PT) durante visita à cidade de Santarém (PA). A decisão foi da juíza titular Mônica Guimarães Lima, da 2ª Vara Federal de Santarém.

Strapasson havia sido preso pela Polícia Federal na quinta-feira (3). Na audiência de custódia, a juíza concedeu liberdade provisória e isentou o fazendeiro de pagamento de fiança, mas determinou medida cautelar que o impede, pelos próximos 10 dias, de se deslocar até Alter do Chão, onde Lula e a primeira-dama Janja passam o fim de semana.

Lula, Janja e assessores estão hospedados na Casa do Saulo, hotel e restaurante na praia do Carapanari, às margens do rio Tapajós. Ele ficará em um dos dez bangalôs do local. Nos dias 8 e 9, Lula participará da Cúpula da Amazônia, em Belém.

Lula, de barba branca e cabelos brancos, olha para cima. Suas mãos ajeitam o paletó, de cor escura. Ele usa uma gravata azul
O presidente Lula (PT) durante cerimônia de anúncio de políticas para pescadores artesanais, no Palácio do Planalto, em Brasília - Pedro Ladeira-2.ago.2023/Folhapress

Arilson Strapasson foi preso pela Polícia Federal por suspeita de ameaçar de morte o presidente. Ele realizava compras em um depósito de bebidas quando disse que daria um tiro na barriga do presidente durante a viagem oficial ao estado. Strapasson mora na região rural de Santarém.

A ameaça foi denunciada por uma testemunha que estava no local e que acionou a PF.

O advogado Fabio Dutra, representante da defesa do fazendeiro, afirmou que as provas que resultaram na prisão "não são claras".

"Não há materialidade no crime. Ele estava em Alter do Chão em uma distribuidora de bebidas. Estavam conversando sobre a vinda do presidente e ele fez um comentário, mas não em tom de ameaça", afirma o advogado.

Segundo Dutra, a busca e apreensão da PF não encontrou armas de fogo ou munição em posse de Strapasson. O advogado não soube dizer se o cliente possui posse ou porte de arma de fogo.

Na conversa com os policiais, ele teria dito ser garimpeiro e ter participado dos ataques de 8 de janeiro em Brasília, quando os prédios dos três Poderes foram invadidos e depredados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O representante da defesa do advogado afirmou que Strapasson negou envolvimento com o garimpo durante audiência de custódia. Ele confirmou ter participado do acampamento em Brasília, mas disse que não estava presente nos ataques.

"Ele diz que esteve em Brasília no começo do ano, mas que não participou da manifestação do dia 8 de janeiro."

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