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29/01/2013 - 16h17

Em mercado dominado por Android e iOS, empresas criam novos sistemas para celular

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BRUNO ROMANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O seu smartphone vai de Android ou iOS? Em breve, pode ser que a resposta seja "nenhum dos dois". Em 2013, é esperada uma nova geração de sistemas operacionais para celulares, possíveis alternativas às plataformas do Google e da Apple.

A nova turma já tem nome: Tizen, Sailfish OS, Firefox OS e Ubuntu Phone. Em comum, todos poderão ser adaptados a diferentes aparelhos, independente do fabricante. Lição aprendida com o Android.

O primeiro da lista está sendo desenvolvido pela Samsung em parceria com a Intel. A fabricante coreana já confirmou que pretende lançar telefones com o sistema neste ano -é provável que alguns modelos apareçam no MWC (Mobile World Congress), que acontece no final de fevereiro em Barcelona.

Segundo a agência de notícias "Bloomberg", a intenção da Samsung é reduzir sua dependência em relação ao Android no seu modelo de negócios e aumentar o controle sobre a experiência proporcionada por seus dispositivos. A fabricante não confirma a informação.

O Tizen é baseado em Linux, sistema operacional de código aberto, e começou a ser desenvolvido após a Nokia abandonar o projeto do MeeGo, plataforma móvel também com o dedo da Intel que foi lançada em um único aparelho, o N9.

Um outro filhote do MeeGo é o Sailfish OS. Ele está sendo criado pela novata finlandesa Jolla, fundada por um grupo de ex-funcionários da Nokia que trabalharam na criação do N9.

O Sailfish é uma variante do MeeGo e promete uma função multitarefa poderosa e um alto poder de personalização.

A Jolla não está criando apenas software mas também hardware, e novidades sobre os primeiros aparelhos também devem surgir no MWC.

FIREFOX EM HTML 5

Ao contrário do Tizen e do Sailfish, o Firefox OS está sendo desenvolvido para aparelhos mais modestos, pela Mozilla Foundation. Marcada para este ano, a estreia mundial deverá ocorrer no Brasil.

O novo sistema será todo baseado em HTML5, novo padrão para desenvolvimento de páginas na internet, e todos os apps também usarão essa linguagem.

Por fim, a Canonical anunciou que em 2014 lançará a versão móvel do seu sistema operacional, o Ubuntu. A empresa realizou demonstrações da plataforma há três semanas, em Las Vegas, durante a CES, uma das maiores feiras de eletrônicos do mundo. Em sua interface, o sistema usa elementos da versão do Ubuntu para desktop.

Com o amplo domínio do Android e do iOS e as tentativas do Windows Phone e do BlackBerry de crescer no mercado, resta a pergunta: há espaço para novos sistemas operacionais móveis?

"No mundo dos smartphones, as mudanças acontecem em curtos períodos. Então, se você tem algo bom e diferente, há sempre uma chance", diz Pat McGowan, engenheiro de software da Canonical.

*

DESEQUILÍBRIO

O Tizen é um projeto de sistema operacional sendo desenvolvido por Samsung, Intel e Linux Foundation. Para coordenar o projeto foi criada a Tizen Association. A Folha conversou com Chase Perrin, que representa publicamente a entidade.

Folha - Há espaço para mais um sistema operacional móvel no mercado?

Chase Perrin - O mundo móvel se tornou muito complexo. Com apenas Android e iOS fortes, há um desequilíbrio que limita o que operadoras, fabricantes e desenvolvedores podem criar e seus respectivos modelos de negócios. O Tizen permite gerar produtos diferenciados.

Quais os diferenciais em relação a iOS e Android?

O Tizen oferece uma plataforma aberta que encoraja a inovação comunitária e permite flexibilidade total no design da interface.
Também permite independência de lojas de apps, o que dá a fabricantes e operadoras espaço para criar serviços que realcem suas marcas e atendam uma base maior de consumidores. Além disso, o suporte superior para padrões em HTML5 garante uma melhor experiência ao usuário.

 

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