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Tencent diz que brecha no WeChat permitiu pesquisas do Google e do Bing

Mudança gerou especulações de que o gigante de tecnologia estava atendendo a ordens de autoridades chinesas

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Yingzhi Yang Brenda Goh
Pequim | Reuters

O WeChat, da Tencent, corrigiu uma falha que permitia que parte de seu conteúdo pudesse ser pesquisada por mecanismos de busca externos, disse o proprietário do aplicativo de mensagens mais popular da China nesta sexta-feira (22), levantando questões sobre a última tentativa do governo chinês de controlar a internet no país.

Parte do conteúdo do WeChat, incluindo artigos em sua página de contas públicas, ficou pesquisável brevemente nos últimos dias no Google e no Bing, da Microsoft, mas não no mecanismo de pesquisa dominante da China, o Baidu, como a Reuters constatou.

A capacidade de encontrar conteúdo do WeChat no Google e no Bing foi inicialmente levantada por usuários em fóruns de desenvolvedores. O setor de internet da China há muito tempo é dominado por um punhado de gigantes da tecnologia que, historicamente, bloquearam os links de rivais, bem como seus rastreadores de busca, uma prática frequentemente chamada de "jardins murados".

Aplicativo do WeChat em smartphone - Dado Ruvic - 13.jul.2021/Reuters

A mudança gerou especulações de que a Tencent estava atendendo a um apelo das autoridades chinesas para que as empresas de internet do país "destruíssem os jardins murados", em meio a uma ampla repressão ao setor.

"Devido a recentes atualizações tecnológicas, o protocolo dos robôs das contas oficiais tinha brechas, o que fazia com que os rastreadores externos conseguissem parte do conteúdo das contas oficiais", disse Tencent em um comunicado em chinês. "As lacunas já foram corrigidas."

Google, Microsoft e Baidu não responderam imediatamente a um pedido de comentário.

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