O WeChat, da Tencent, corrigiu uma falha que permitia que parte de seu conteúdo pudesse ser pesquisada por mecanismos de busca externos, disse o proprietário do aplicativo de mensagens mais popular da China nesta sexta-feira (22), levantando questões sobre a última tentativa do governo chinês de controlar a internet no país.
Parte do conteúdo do WeChat, incluindo artigos em sua página de contas públicas, ficou pesquisável brevemente nos últimos dias no Google e no Bing, da Microsoft, mas não no mecanismo de pesquisa dominante da China, o Baidu, como a Reuters constatou.
A capacidade de encontrar conteúdo do WeChat no Google e no Bing foi inicialmente levantada por usuários em fóruns de desenvolvedores. O setor de internet da China há muito tempo é dominado por um punhado de gigantes da tecnologia que, historicamente, bloquearam os links de rivais, bem como seus rastreadores de busca, uma prática frequentemente chamada de "jardins murados".
A mudança gerou especulações de que a Tencent estava atendendo a um apelo das autoridades chinesas para que as empresas de internet do país "destruíssem os jardins murados", em meio a uma ampla repressão ao setor.
"Devido a recentes atualizações tecnológicas, o protocolo dos robôs das contas oficiais tinha brechas, o que fazia com que os rastreadores externos conseguissem parte do conteúdo das contas oficiais", disse Tencent em um comunicado em chinês. "As lacunas já foram corrigidas."
Google, Microsoft e Baidu não responderam imediatamente a um pedido de comentário.
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