Descrição de chapéu Financial Times

Startup de 'madrinha da IA' leva quatro meses para ser avaliada em US$ 1 bilhão

Empresa de 'inteligência espacial' de Fei-Fei Li, de Stanford, conquista apoio de grandes investidores do setor

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Tabby Kinder George Hammond Eleanor Olcott
San Francisco e Londres | Financial Times

Fei-Fei Li, a líder em inteligência artificial da Universidade de Stanford, construiu discretamente uma startup bilionária em apenas quatro meses, juntando-se à acirrada corrida da indústria de tecnologia para comercializar a inovação.

A cientista da computação apelidada de "madrinha da IA" criou uma empresa chamada World Labs em abril, de acordo com três pessoas com conhecimento da iniciativa.

A startup já realizou duas rodadas de financiamento, recebendo aportes de importantes investidores de tecnologia, como Andreessen Horowitz e o fundo de IA Radical Ventures, de acordo com dois dos interlocutores. Esses investidores avaliaram o negócio em mais de US$ 1 bilhão.

A pesquisadora de inteligência artificial Fei-Fei Li durante o Fórum Econômico Mundial 2018, em Davos - Christian Clavadetscher - 24.jan.2018/World Economic Forum

A World Labs arrecadou cerca de US$ 100 milhões na última rodada de captação de recursos, de acordo com uma pessoa a par das negociações.

Li não respondeu a múltiplos pedidos de comentário. Andreessen Horowitz e Radical Ventures se recusaram a comentar.

A World Labs é a mais recente startup de IA a garantir um grande investimento após o lançamento do ChatGPT, da OpenAI, em novembro de 2022, o que levou a uma explosão de interesse dos investidores em IA generativa.

Apenas nos últimos três meses, os investidores aplicaram mais de US$ 27 bilhões em startups de IA nos EUA, de acordo com o PitchBook. Isso representa cerca da metade do total de investimento em startups de qualquer área no período.

Fei-Fei Li iniciou a World Labs enquanto estava parcialmente afastada de Stanford, onde é diretora do Stanford Institute for Human-Centred Artificial Intelligence, um laboratório de pesquisa lançado em 2019 para usar a tecnologia nascente para melhorar a condição humana.

Seu negócio tentará criar uma "inteligência espacial" na IA, desenvolvendo um processamento de dados visuais similar ao humano. Em abril, Li deu uma palestra no TED em Vancouver sobre esse campo de pesquisa na qual descreveu o potencial para máquinas entenderem e navegarem em espaços tridimensionais.

O trabalho representaria um grande avanço na IA, ajudando-a a interagir com ambientes reais e avançar em sistemas autônomos mais sofisticados.

Li ganhou destaque na IA ao desenvolver o ImageNet, um grande conjunto de dados de imagens que avançou a tecnologia de visão computacional na identificação de objetos. Li esteve à frente da área de IA do Google Cloud de 2017 a 2018, foi diretora do conselho do Twitter de 2020 a 2022 e é conselheira do grupo de trabalho da Casa Branca sobre IA.

Grandes bancos de dados de imagens rotuladas têm sido essenciais para os recentes avanços em IA, treinando carros autônomos e modelos de IA para identificar corretamente objetos a partir de estímulos visuais.

A visão de Li para a inteligência espacial é ainda mais ambiciosa: treinar uma máquina capaz de entender o complexo mundo físico e a inter-relação dos objetos dentro dele. Um investidor de risco a par do assunto disse que a World Labs está desenvolvendo um modelo que busca entender o mundo físico tridimensional.

Entre os outros grupos de IA que estão atraindo interesse dos investidores estão aqueles que desenvolvem robôs inteligentes capazes de entender e manipular seus arredores.

A Skild, que está construindo um "cérebro de propósito geral para uma diversidade de robôs", foi avaliada em US$ 1,5 bilhão na semana passada após receber US$ 300 milhões em financiamento da SoftBank, do fundo de investimento do fundador da Amazon, Jeff Bezos, da Lightspeed Venture Partners e outros.

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